Produtos para remover tatuagem. Qual realmente funciona?

Ao fazer alguma pesquisa na internet você vê vários produtos para remover tatuagem. Peeling para uso caseiro, creme para remoção, entre outros dermocosméticos que prometem um ótimo resultado. Mas será que funcionam?

Muitos desses produtos não removem quase nada, outros podem manchar a pele, gerar cicatrizes mais feias do que o desenho da tatuagem em si, ferir, e em alguns casos, causar infecções. 

Leia também: Remoção de tatuagem – como funciona

Continue lendo o post, saiba quais são esses produtos, como funcionam, se são eficazes, entre outras informações importantes sobre o tema. 

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Quais produtos prometem remover as tatuagens?

Seja pelo imaginário popular ou por propaganda, alguns produtos têm a fama de remover tatuagens. As soluções agem, basicamente, de duas formas. A primeira é clareando o desenho e a segunda removendo as camadas de pele juntamente com o pigmento. Para isso, é necessária sua aplicação contínua, alguns deles até 3 vezes ao dia. 

Vamos a alguns exemplos:

Cremes Clareadores

Cremes clareadores são comumente usados para remoção de tatuagem. Seu objetivo é clarear manchas causadas pelo aumento da concentração de melanina. Muitas pessoas, erroneamente, utilizam esses cremes para reduzir o desenho, mas não é eficaz. 

Esses cremes podem até clarear um pouco o desenho, mas não vão  removê-lo por completo. Isso porque os ativos não conseguem quebrar o pigmento assim como o laser, assim não é possível que os macrófagos fagocitem (eliminem) o que restou da tinta.

Cremes esfoliantes 

Os cremes esfoliantes agem eliminando células mortas, realizando a limpeza dos poros, controle da oleosidade, recuperando a vitalidade, elasticidade e promovem a renovação celular. Algumas pessoas acreditam que esse tipo de produto também consegue remover tatuagem, já que retira as camadas externas da pele, juntamente com o pigmento. 

Embora esses cremes sejam eficientes para tratamentos estéticos, dificilmente eles conseguem remover o pigmento por completo. A esfoliação vai apenas reduzir a nitidez do desenho ou clareá-lo de forma bem superficial. Nada que seja relevante para a remoção.

Pomadas 

Há alguns anos chegou ao mercado o Bisphosphonate Liposomal Tattoo Removal, uma pomada que prometia remover a tatuagem com a ampliação da ação dos macrófagos. O composto é liberado no organismo, fazendo com que os macrófagos sejam direcionados apenas para a tinta, sem danificar o tecido circunvizinho.

Peeling caseiro

Geralmente os tratamentos de peeling são destinados aos pacientes que querem remover pequenas manchas, rugas, promover a renovação celular, estimular a produção de colágeno novo e elastina, mas também são usados para remoção de tatuagem. 

São cremes contendo ácidos ou soluções ácidas leves, como o ácido glicólico, aplicados diretamente na tatuagem. O intuito é gerar a dermoabrasão para remover as camadas de pele juntamente com o pigmento. 

São necessárias várias aplicações com intervalo para que o tecido cicatrize. O método até é eficaz na retirada da tinta, mas pode deixar cicatrizes maiores e mais feias que a própria tatuagem. Além disso, não é seguro realizar o procedimento em casa e sim em consultório dermatológico. 

O peeling caseiro pode trazer consequências indesejadas como eritema (vermelhidão), inchaço, feridas e infecções. 

Cicatricure

O cicatricure é usado erroneamente para remoção de tatuagem. O produto, destinado a reduzir cicatrizes, dificilmente vai remover a tatuagem. As propriedades clareadoras do Cicatricure são pouco relevantes para as tattos. 

Pode até ser usado para auxiliar na cicatrização de métodos como o laser, desde que seja recomendado pelo dermatologista, mas em geral não serve para remover ou clarear o pigmento dos desenhos, uma vez que estão depositados em camadas mais profundas da pele.  

Perguntas frequentes 

Os produtos para remoção de tatuagem geram mais dúvidas que respostas. Vamos as mais comuns:

Os produtos para remoção de tatuagem são seguros?

Sim e não. Muitos desses produtos possuem registro na Anvisa, mas nem sempre são destinados à remoção, dessa forma eles não são seguros para esse fim. Em outras palavras, eles são seguros para aquilo que se destinam, mas se usados para remover os pigmentos podem trazer efeitos colaterais, como vermelhidão, manchas e até queimaduras. 

Esses produtos funcionam?

Em alguns casos, o próprio fabricante não consegue explicar ao certo como funciona ou o imaginário popular faz com que as pessoas pensem em uma ação que não é a real. Em geral, não há qualquer produto totalmente eficaz na remoção de tatuagem, ou seja, nenhum creme, dermocosmético ou peeling pode remover os pigmentos de forma satisfatória. Ou não vai clarear/remover ou vai causar uma cicatriz. 

Precisa de receita para comprar produtos para remoção de tatuagem?

A maioria desses cremes, pomadas e peelings não exigem receita para a compra, inclusive alguns deles são vendidos em outros estabelecimentos que não farmácias e drogarias. No entanto, só devem ser usados com prescrição do dermatologista. 

Qual o melhor método para remover tatuagem?

O método mais eficaz tanto em resultados como em riscos é o laser. Atualmente, as tecnologias estão bem avançadas, o que permite uma remoção mais eficiente dos pigmentos sem ferir a região circunvizinha. 

Lembrando que nenhuma das opções apresentadas deve ser usada sem a prescrição e acompanhamento de um dermatologista. Este profissional é o mais indicado para avaliar as condições da tatuagem, indicar o método de remoção e conduzi-lo. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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