Remoção de tatuagem a laser: o que você precisa saber

O laser tornou-se o tratamento mais utilizado para remoção de tatuagem. Trata-se de um método inovador, que veio passando por inúmeros aperfeiçoamentos para chegar até o grau de eficácia atual. 

A remoção de tatuagem a laser desponta como a melhor solução para quem se arrependeu e quer se desvencilhar daquele desenho na pele que não mais agrada. O método é pouco invasivo, apresenta bons resultados e o paciente não precisa mudar sua rotina para realizar as sessões. 

Conheça também outras opções de tratamento para remoção de tatuagem. 

Continue lendo o post, entenda como o procedimento funciona, quais os cuidados, possíveis efeitos colaterais, entre outras informações importantes. Acompanhe!

Como funciona a remoção de tatuagem a laser

A tinta da tatuagem geralmente fica na pele para sempre. Isso ocorre porque a agulha deposita o pigmento de tinta na camada mais profunda da pele, a derme, assim não é possível que a tinta saia com a renovação celular dos tecidos cutâneos. O que geralmente ocorre é uma “deformação” no desenho por conta das células de proteção do organismo e dos macrófagos, que tentam fagocitar a tinta.  

O laser vai justamente quebrar o pigmento da tinta em “pedaços”, facilitando a ação dos macrófagos, que “comem” o pigmento, liberando-os para o sistema linfático, sem qualquer dano ao organismo. 

A tinta é formada por metais pesados e acaba sendo difícil para qualquer tipo de laser quebrá-la. Por isso, o comprimento de onda é regulado para aquele tipo de pigmento, e ao atingi-lo consegue fragmentá-lo. O laser age como um catalisador e o sistema imunológico trata de fazer o resto. 

Ocorre que algumas cores são mais difíceis de serem quebradas, principalmente aquelas mais claras, pois a cor é semelhante a gerada pelo laser. Cores mais escuras, como o preto, são mais fáceis de serem quebradas. Já a amarela ou laranja, por exemplo, são mais difíceis porque não conseguem absorver o feixe de luz emitido pelo laser. 

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Como é a sessão com o laser

O primeiro passo é procurar um dermatologista para sanar quaisquer dúvidas sobre o tratamento. Se a remoção com o laser for a decisão do paciente, o profissional irá orientá-lo quanto a todos os pontos do procedimento. 

O passo seguinte é a sessão em si. Pouco antes, é feita a assepsia no local e a aplicação de anestesia tópica para reduzir o desconforto. Dependendo do local da tatuagem, o paciente recebe alguma proteção, como óculos de proteção para laser.

Os disparos são feitos conforme a marcação. Durante o procedimento, o paciente pode sentir leves pontadas ou pequenos choques, mas por conta da anestesia, o desconforto é mínimo. 

A sessão dura em média 30 minutos, mas pode demorar um pouco mais de acordo com a extensão do desenho. 

Quais os tipos de laser mais usados

O mercado atual apresenta uma série de soluções, no entanto, as duas mais utilizadas são o Nd Yag Q Switched e Spectra por conta de sua versatilidade. Essas duas tecnologias são amplamente usadas em diversos tratamentos estéticos e não apenas na remoção de tatuagem a laser. O que pode mudar é a ponteira e comprimento de onda. 

O laser Nd Yag Q Switched é a tecnologia mais usada devido à amplitude de comprimentos de onda que gera. O aparelho gera pulsos fracionados, disparos rápidos e precisos, que atingem apenas os pigmentos e não a área circunvizinha. 

O laser Spectra também emite feixes de luz ultra rápidos e seletivos. Sua atuação é semelhante ao ND Yag, inclusive para outros tratamentos, como clareamento de manchas em geral, redução da cicatriz de acne, rosácea, etc.

Cuidados pós-sessão

O paciente pode sentir algum desconforto na área, que geralmente fica avermelhada e pode descamar com o passar dos dias. Por isso é importante seguir alguns cuidados, como:

  • Evitar a luz solar sem proteção, principalmente no horário de maior incidência de raios UV (entre 10 da manhã e 4 da tarde;
  • Aplicar pomada cicatrizante recomendada pelo profissional;
  • Evitar banhos de mar ou piscina nos primeiros dias, principalmente se apresentar algum desconforto ou dor;
  • Beber bastante líquido;
  • Usar roupas leves, de fibra natural.
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Perguntas frequentes

Algumas dúvidas são comuns para quem busca a remoção de tatuagem a lser. Vamos a elas:

O laser remove 100% a tatuagem? 

Na maioria dos casos sim. Traços finos, pigmentos escuros e áreas pouco preenchidas respondem melhor ao tratamento. Quanto mais escuro for o tom de pele, mais sessões são necessárias para remover o pigmento. Além disso, tatuagens mais antigas são mais fáceis de remover do que as novas por conta da renovação celular e ação dos macrófagos. 

Quantas sessões são necessárias?

Isso vai depender de uma série de fatores como cor, tamanho, coloração da pele, tempo em que a tatuagem está no corpo, como o organismo responde ao tratamento, tipo de laser e tempo de cicatrização. Geralmente entre 6 e 12 sessões são suficientes. 

Quem pode se submeter ao laser?

Qualquer pessoa com idade acima dos 18 anos, independente do sexo, pode ser elegível ao tratamento. Há restrições para lactantes, gestantes, pessoas com algum problema de cicatrização ou infecção na região em que o procedimento será feito.

Quais os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais são mínimos, caso o paciente respeite as orientações do médico. Entre os mais comuns estão foliculite, aquelas bolinhas vermelhas que surgem na pele, eritema (vermelhidão), edema, queimadura e manchas na pele. Caso um deles surja, é importante procurar o profissional com urgência. 

Babosa ou cremes aceleram o processo?

Não, apesar da babosa ser um poderoso hidratante, não há eficácia comprovada no tratamento de remoção de tatuagem. O mais indicado é evitar qualquer receita caseira e usar apenas os produtos receitados pelo dermatologista. Qualquer receita pode não ter o efeito desejado e ainda manchar a pele, portanto, evite-as. 

Onde realizar o procedimento?

A remoção de tatuagem com o laser é um procedimento complexo, que exige formação profissional e entendimento da fisiologia da pele. Somente o dermatologista em consultório específico pode conduzir esse procedimento, por isso evite qualquer outra possibilidade. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP

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Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521. Médica Especialista em Dermatologia pela SBD. Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica - Principles and Practice of Clinical Research - Harvard Medical School (EUA).

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