Artigo

Remover tatuagem com água oxigenada funciona? Veja receitas que não deve seguir

Remover tatuagem com água oxigenada funciona? Essa é uma receita popular na internet, mas será que é uma boa ideia? O produto faz bem ou mal para a pele?

Muitas perguntas giram ao redor da água oxigenada para remoção de tatuagem, mas logo vamos adiantar que essa não é uma boa alternativa. Mesmo apresentando certas qualidades clareadoras, a água oxigenada mais atrapalha do que ajuda. Continue lendo o post e entenda o motivo. 

Conheça os tratamentos recomendados para remoção de tatuagem. 

imagem 2022 07 11T113025.208

Porque remover tatuagem com água oxigenada não funciona?

Mesmo com uma série de receitas na internet, não se pode confiar que o peróxido de hidrogênio seja capaz de clarear ou despigmentar as tatuagens. Em algumas dessas receitas, as pessoas esfregam o produto na pele, inclusive com bicarbonato de sódio e deixam agir sob o sol, o que é um erro. 

A água oxigenada funciona sim como um antisséptico e desinfetante para uso tópico, limpeza de feridas e para matar bactérias e demais micro-organismos danosos ao corpo, mas sua ação clareadora é mínima. 

Muitas pessoas utilizam o produto para clarear os cabelos e pelos do corpo devido ao seu poder de quebrar a melanina, substância que dá coloração à pele, cabelos e demais pelos. Ao utilizá-la na pele, juntamente com outros produtos abrasivos ou expor a região ao sol não vai clarear ou remover a tatuagem, mas sim causar lesões.

Além disso, o organismo vai reagir para cicatrizar a irritação, fazendo com que a mancha fique maior e mais evidente. 

Vale ressaltar que a água oxigenada, mesmo que diluída, não é indicada para tratamentos dermatológicos de nenhuma natureza, uma vez que cada organismo pode reagir de uma forma diferente, podendo trazer danos graves, principalmente nas áreas mais sensíveis.

As receitas caseiras para remoção de tatuagem funcionam?

Nenhuma receita caseira possui comprovada eficácia na remoção de tatuagens. Na melhor das hipóteses, as substâncias não farão efeito ou causarão algum dano à pele. Na pior, o produto pode afetar os tecidos, principalmente se forem abrasivos, causando manchas, lesões, queimaduras ou ferimentos. 

Portanto, nada de usar qualquer receita ou produto, uma vez que não há fórmula mágica para a remoção de tatuagem. Os procedimentos com resultados comprovados são realizados em consultório dermatológico e por profissionais capacitados. 

Quais produtos além da água oxigenada não devem ser usados para remoção de tatuagem?

Há outras receitas como a babosa, que não funcionam, mas também não agridem a pele. No entanto, algumas substâncias devem ser evitadas ao máximo, já que além de ineficientes, podem comprometer a saúde da sua pele. São elas:

Sal

O sal é um dos métodos caseiros mais utilizados e o que também que mais causa manchas. Pessoas desinformadas esfregam sal grosso na pele para esfoliar a tatuagem e retirar o desenho por abrasão. O intuito é promover a renovação celular assim como o processo de peeling, mas a pele fica bastante machucada por conta do processo. 

Nem sempre o procedimento é eficaz e pode trazer consequências sérias, principalmente se houver alguma infecção no local que recebeu a abrasão. Evite-o sempre.

Bicarbonato de sódio

Outro produto utilizado erradamente é o bicarbonato de sódio, com consequências ainda mais sérias do que o sal. O bicarbonato de sódio é altamente cáustico, capaz de irritar e trazer danos à pele. 

O produto causa vermelhidão, coceira, inflamação, podendo levar a até a internação da pessoa se houver uma agressão muito grande.

Limão 

O limão também pode causar prejuízos quando usado para remover tatuagem. A fruta possui uma substância chamada psoraleno que, ao contato com a luz solar amplia a ação da radiação, podendo causar queimaduras, formação de bolhas, inflamação, infecção de outros agentes e hiperpigmentação da área afetada. 

É muito efeito colateral para uma só substância, por isso mantenha o limão bem longe da sua pele. 

Areia em pó e pedra de moagem

Entre as receitas mais absurdas estão a areia em pó e moagem, que também retira os pigmentos da tinta por abrasão.  É um método doloroso, que deixa a pele fina, fraca, suscetível a infecções de agentes externos e ainda pode causar cicatrizes horríveis. 

Mesmo as receitas afirmando que é necessário misturar a areia com creme ou babosa, a mistura não é dermatologicamente recomendada.

Peeling para remoção caseira

Nos últimos anos alguns cremes prometem remover a tatuagem em casa. Nesse caso, a pessoa faz o procedimento sozinha ou com o auxílio de terceiros. Geralmente são cremes ou ácidos mais brandos, que devem ser aplicados na pele e agir por um tempo. 

A mistura é semelhante a usada nos peelings normais, mas o produto não é aprovado pela Anvisa e nem deve ser usado sem a supervisão de um profissional. Isso porque nem sempre é usado na dosagem ou tempo certo, podendo trazer consequências graves, que vão além das manchas ou lesões.

Mel

O mel também é uma receita caseira a ser evitada. Geralmente, nas dicas ele é misturado com sal, bicarbonato, suco de limão e outros ingredientes, mas como você evidenciou neste artigo devem ser ignorados.

A melhor forma ainda é a consulta com o dermatologista. Ele é o profissional que vai orientar o paciente, sanar as dúvidas, indicar o melhor tratamento e fazer todo o acompanhamento para que a tatuagem seja removida da melhor forma possível, não deixe marcas ou cicatrizes no paciente. 

Leia também: Remoção de tatuagem – como funciona

AGENDAMENTO ONLINE

Agende uma consulta através do nosso WhatsApp

Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP

Agende uma Consulta e saiba mais sobre os tratamentos e protocolos estéticos mais indicados para potencializar suas características naturais.

Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

Deixe o seu comentário