O laser é considerado o método mais eficiente para a remoção de tatuagem. Ocorre, no entanto, que assim como outros procedimentos estéticos e cirúrgicos, há uma série de cuidados para evitar problemas ou efeitos colaterais.
Apesar do laser ser bastante seguro, o paciente pode ter algumas reações após as sessões e por isso seguir as orientações do dermatologista é tão importante. Não é nada muito complicado, são medidas simples, mas que asseguram os bons resultados do tratamento e evitam dores de cabeça.
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Continue lendo o post, entenda quais as possíveis reações caso o paciente não siga essas orientações e os cuidados básicos antes e depois das sessões a laser para remoção de tatuagem.
O que pode acontecer se não houver cuidados pós-procedimento?
Geralmente, se o paciente seguir todas as orientações do dermatologista, não haverá quaisquer reações adversas, no entanto, deixar de seguir as recomendações listadas pode gerar uma série de reações. Entre elas podemos ressaltar:
Vermelhidão (eritema)
A vermelhidão é a reação mais comum após a remoção da tatuagem. Isso ocorre porque o laser gera feixes de luz que, ao acertarem o pigmento, liberam calor e podem ferir a pele. Como o laser é seletivo, a área circunvizinha não é afetada, o que reduz a possibilidade de ferir a pele.
É comum que a pele fique sensibilizada após a sessão, no entanto, feridas mais profundas e dolorosas não são tão comuns e demandam atenção. Caso sinta muita dor, retorne ao dermatologista que fez o procedimento e o comunique. Ele vai avaliar a situação e prescrever o tratamento. Geralmente é bem simples, feito com pomadas, compressas de água fria, cremes, entre outras receitas prescritas.
Inchaço (edema)
O inchaço é um dos efeitos colaterais do tratamento a laser. Isso ocorre porque peles sensíveis podem responder a laser com acúmulo de líquido na região. Também é normal, desde que o edema não seja muito grande ou venha acompanhado de dor intensa.
Casos mais simples podem ser resolvidos com compressas frias por 10 minutos, duas ou três vezes por dia, além de evitar o sol e calor na região. Os mais graves demandam atenção profissional, que vai avaliar o quadro e definir o tratamento.
Queimadura
Quando realizado em consultório dermatológico e por um profissional capacitado, dificilmente o paciente vai sofrer com queimaduras. Isso porque ele está preparado para selecionar o comprimento de onda adequado para aquela coloração, faz testes, entre outros cuidados para evitar queimaduras. Em outras palavras, ele está preparado para evitar quaisquer danos ao paciente.
Agora, quando não ocorre a aplicação correta, uma das consequências é a queima dos tecidos, principalmente em áreas mais sensíveis da pele ou bronzeadas. Nesses casos, a pele não suporta essa “agressão” e as queimaduras se tornam mais severas.
O pior das queimaduras por laser é a possibilidade de manchar a pele, fazendo com que perca sua coloração normal (hipopigmentação) ou fique mais escura (hiperpigmentação). Caso isso ocorra, é necessário procurar o dermatologista para definir o melhor tratamento, que inclui pomadas cicatrizantes e compressas de água fria.
Manchas
O laser vai agir em uma pele que já passou por um processo severo, que é a tatuagem. A agulha causa uma ferida e deposita o pigmento, em seguida há a cicatrização, ação dos macrófagos e a renovação celular.
Tudo isso modifica a epiderme e quando o laser age nem sempre a pele será a mesma de antes. Pode haver tanto a perda da cor, quanto o escurecimento. Além disso, a exposição solar nos horários de pico também favorece as manchas.
É importante esperar até que o procedimento seja completado e a pele tenha cicatrizado para começar um tratamento para manchas, que inclui dermocosméticos, clareadores, entre outros métodos.
Cuidados antes da remoção da tatuagem a laser
Antes de iniciar o tratamento é importante consultar o dermatologista para avaliar as condições da pele, do paciente e da tatuagem. Algumas condições impedem que a pessoa se submeta aos tratamentos a laser. Entre elas estão:
- Diabetes não controlada, visto que ela pode levar a alterações na sensibilidade da pele, podendo gerar queimaduras com mais facilidade;
- Hipertensão descontrolada, visto o pico de pressão, que pode causar alterações na sensibilidade, sangramentos e inchaço;
- Epilepsia, devido a possibilidade do laser origem a uma crise epiléptica;
- Gravidez, quando a tatuagem está localizada próxima a mama, barriga ou virilha;
- Lesões ou feridas próximas à região em que está a tatuagem;
- Uso de medicamentos fotossensíveis que podem trazer a degradação (fotólise) da pele, tais como oxidação ou hidrólise por conta da exposição à luz.
A avaliação da tatuagem também é importante para determinar o comprimento de onda utilizado, quantas sessões serão necessárias e os cuidados antes e depois do tratamento. Feito todos esses procedimentos, o paciente está pronto para a sessão.
Os únicos cuidados antes da sessão são evitar tomar banho de sol nos dias anteriores, pois a pele bronzeada é mais sujeita a queimaduras, aplicar o filtro solar mesmo que o tempo esteja nublado, aplicar hidratante na pele e beber bastante água.
Cuidados após a remoção da tatuagem a laser
É fundamental manter os cuidados com a pele durante o processo de cicatrização após cada uma das sessões. Para evitar quaisquer problemas após as sessões a laser é importante seguir as seguintes recomendações:
Não exponha o local da tatuagem ao sol, pois a pele ainda está sensível durante a cicatrização. O que pode causar manchas, queimaduras, vermelhidão e inchaço.
Aplique a pomada indicada por seu dermatologista. Geralmente são pomadas cicatrizantes e antibióticas que devem ser aplicadas até três vezes ao dia.
Evite utilizar qualquer outro produto que não seja o indicado pelo profissional. Esfoliantes, dermocosméticos, entre outros, podem apresentar composições ácidas, que irritam a pele, retardam o processo de cicatrização e sensibilizam a pele.
Como visto, são cuidados simples, mas que evitam problemas sérios. Lembre-se sempre de fazer qualquer procedimento estético com profissionais e em consultório especializado e se tiver qualquer reação adversa, procure ajuda.
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Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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