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O que é e como funciona o laser de CO2 fracionado

A laserterapia utiliza diferentes tipos de lasers. O que os difere são fatores como o comprimento de onda, se são ablativos ou não e como agem em contato com o alvo. Um dos mais utilizados na dermatologia é o laser de CO2 fracionado, cujas propriedades os tornam ideais para vários tratamentos estéticos.

O mais comum é o rejuvenescimento facial, muito procurado por pessoas descontentes com o surgimento ou agravamento das marcas de expressão, no entanto, outros procedimentos utilizam a técnica de forma segura. Clareamento de manchas, remoção de cicatrizes, estrias e outras marcas que impactam na percepção pessoal são perfeitamente tratadas com esse tipo de laser. 

No post de hoje você entenderá um pouco mais sobre o funcionamento do laser de CO2 fracionado, a quem se destina, entre outras informações importantes para quem quer submeter à laserterapia. 

O que é o laser de CO2 fracionado

O laser de CO2 fracionado é um tipo de laser ablativo, ou seja, ele utiliza o calor para realizar a queima seletiva de um determinado alvo, processo chamado de fototermólise. Em geral, é utilizado um aparelho que emite o feixe de luz com comprimento de onda no infravermelho médio de 10.600 nm que causa dano térmico e ablativo. 

O CO2 é absorvido pela água presente nas células epiteliais e como a pele apresenta uma porcentagem alta de água, o laser realiza a ablação precisa, pois atinge apenas um alvo, sem danificar as áreas vizinhas. 

Quando o laser atinge o alvo, seu calor é absorvido pela água intra e extracelular, gerando o aquecimento e vaporização do tecido. Quando aquecida, a derme é contraída e remodela o colágeno e é aí que está a base da maioria dos tratamentos que utilizam a laserterapia. 

Isso porque o dano causado é totalmente controlado pelo dermatologista na aplicação dos feixes de luz. Mesmo atingindo todas as camadas de pele (estrato córneo, epiderme e derme), o laser é eficaz e não causa efeitos colaterais. 

Além do efeito imediato, o laser apresenta efeito secundário, que é o estímulo à formação de colágeno novo por no mínimo 3 meses, por isso é muito usado na dermatologia estética, principalmente como fotorejuvenescimento.

Qual a diferença entre o laser de CO2 e Laser de CO2 fracionado

O Laser de CO2 total atua sobre toda a extensão da pele. Já o de CO2 fracionado tem poder de atuação em micropontos, de forma mais precisa. A diferença está na seletividade do alvo, o que influencia na indicação de tratamento. 

Casos que exigem disparos mais precisos devem utilizar o laser de CO2 fracionado, no entanto, o número de sessões pode ser maior para aumentar sua efetividade.

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Principais indicações do laser de CO2 fracionado

Rejuvenescimento facial

O laser fracionado de CO2 é muito usado no rejuvenescimento facial, ou seja, confere à pele um aspecto mais jovial, de modo a reduzir rugas, linhas de expressão, entre outras marcas do tempo. 

Basicamente, o laser destrói a pele velha, estimulando a produção de colágeno e elastina, dessa forma, o organismo produz uma camada tecidual nova e saudável, capaz de eliminar imperfeições.

Tratamento de manchas

Manchas senis, melasma, manchas causadas pela hiperpigmentação, entre outros tipos são perfeitamente tratadas com o laser de CO2 fracionado. Nesses casos, o aparelho emite feixes de luz que evaporam as células hiperpigmentadas sem alterar a estrutura das células circunvizinhas. 

Os alvos, no caso as manchas, são vaporizados e eliminados pelo sistema linfático e em seu lugar surge uma nova camada de pele renovada e sem a hiperpigmentação. 

Tratamento de cicatrizes de acne

O Laser CO2 fracionado é especialmente indicado para remover as cicatrizes de acne. Ele provoca a queima das cicatrizes e melhora o aspecto da pele por meio de pequenas lesões que forçam o organismo a reagir para reparar a área. 

O laser penetra nas camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno e suavizando as marcas antigas.

Tratamento de ceratose actínica

A ceratose actínica é um tipo de lesão vermelha, descamativa causada pela exposição solar sem proteção. Geralmente surge no rosto, mas também pode aparecer nos braços, pescoço, orelha e outros locais comumente expostos. 

O feixe de luz gerado pelo aparelho atua diretamente no tecido danificado, destruindo as células doentes sem provocar dor ou sangramento. 

Tratamento de estrias

A pele possui um limite para esticar e quando é ultrapassado, surgem fissuras de diferentes cores, formas e tamanhos, as estrias. Isso ocorre quando há um aumento súbito de tamanho da pele, como na adolescência, quando há ganho de peso, gravidez ou outro fator associado.

O laser atua na formação de colágeno novo, de modo a atenuar a intensidade das estrias, que ficam mais finas e menos evidentes.

Tratamento de queloides

O laser fracionado é indicado para cicatrizes e queloides em fase inicial, quando é dispensado o procedimento cirúrgico tradicional. O comprimento de onda é capaz de lesionar as queloides, promovendo o nivelamento da pele e o remodelamento adequado das fibras de colágeno. Os resultados são surpreendentes, deixando pequenas marcas quase imperceptíveis, dependendo do caso. 

Como é feito o procedimento

O primeiro passo é a consulta com o dermatologista que vai avaliar o problema, se há outras possibilidades antes do laser e como será feito o tratamento. É importante sanar todas as dúvidas antes de realizar o procedimento para entender como ele funciona e seus possíveis resultados. 

No dia da sessão o dermatologista vai fazer as marcações, a assepsia no local e aplicar o creme anestésico. A partir daí fará os disparos, conforme o objetivo do tratamento. A sessão é geralmente rápida e não passa de 60 minutos, ao menos que mais de uma área seja tratada. 

O paciente pode retornar às suas atividades no mesmo dia que fez o procedimento, mas deve seguir alguns cuidados, como evitar exercícios físicos e a exposição solar sem proteção e no horário de maior incidência de raios ultravioletas (entre 10 da manhã e 4 da tarde). O pós-tratamento também pode incluir pomadas cicatrizantes. 

As restrições são mínimas. O procedimento não é indicado para gestantes e lactantes, pessoas com alguma infecção ou doença de pele próxima ao local do tratamento ou pacientes em uso de isotretinoína (Roacutan).

Os resultados são evidentes poucos dias após a primeira sessão e como há o efeito residual de formação de colágeno, os resultados perduram por alguns meses. O número de sessões varia de acordo com o tratamento. 

O laser de CO2 fracionado se mostrou, ao longo dos anos, um sistema eficiente, preciso e seguro para paciente e dermatologista. Os avanços fizeram com que os tratamentos se tornassem mais simples, diversificados, capazes de atender a uma gama de aplicações dermatológicas com resultados incríveis. 

Os efeitos colaterais também foram minimizados, desde que o procedimento seja realizado por um profissional capacitado e em consultório dermatológico. 

 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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