ARTIGO

Cremes para manchas na pele funcionam?

Você provavelmente já se deparou com anúncios de cremes para manchas na pele que prometem clarear as lesões. Vendidos sem receita médica em alguns casos, muitos desses produtos são até eficientes, no entanto, é preciso ter a orientação e recomendação de um profissional para evitar problemas.

Conheça as principais causas de manchas na pele!

A título de curiosidade, fizemos este post com informações sobre os principais ativos utilizados nessas soluções. Boa leitura!

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Os princípios ativos encontrados nos cremes para manchas na pele

Os cremes são pastosos e de consistência pastosa. São formados por óleos, água e substâncias ativas, misturadas a materiais gordurosos para a melhor absorção da pele. O maior benefício é a barreira protetora formada sobre a pele para facilitar a absorção dos nutrientes. 

Entre os princípios ativos usados para o clareamento estão:

Ácidos 

Os ácidos são amplamente utilizados no clareamento de pele, pois atuam em diferentes frentes, como redução da oleosidade, renovação celular, hidratação profunda, esfoliação leve, entre outras. 

No caso dos cremes, a concentração é baixa, mas suficiente para clarear manchas escuras e ainda assim não prejudicar a saúde da epiderme. 

Entre os mais comuns estão:

Ácido retinoico

O ácido retinoico ou tretinoína é um derivado da Vitamina A e um dos mais eficazes ácidos usados na dermatologia. É um potente estimulante da renovação celular, visto que sua ação esfoliante retira as camadas manchadas de pele e em seu lugar surge uma nova, sem a pigmentação. 

Sua ação também estimula a formação de colágeno novo, o que aumenta a firmeza, elasticidade e tônus da pele. 

Ácido fítico

O ácido fítico age inibindo a tirosina (enzima que participa da produção dos pigmentos de melanina). Trata-se de um poderoso despigmentante, que também possui ação anti-inflamatória, hidratante e antioxidante, de modo a combater radicais livres que aceleram o envelhecimento cutâneo. 

É recomendado para o tratamento de vários tipos de manchas causadas por hiperpigmentação, inclusive em peles sensíveis, por conta de sua ação hidratante. 

Ácido kójico

O ácido kójico é usado em peelings, mas em pequenas concentrações é empregado em cremes clareadores e para a renovação celular. De modo geral, o ácido kójico impede a síntese da melanina. 

Trata-se de uma substância usada desde a década de 1980 para tratar manchas de pele causadas pela hiperpigmentação, redução de rugas, prevenção do fotoenvelhecimento e uniformização da pele. 

Ácido lático 

O ácido lático é extraído do açúcar do leite e também apresenta uma série de propriedades além da clareadora. Basicamente, esse ácido estimula a produção de colágeno e elastina, ajuda na uniformização dos tons, remove a pele morta sem irritar e assim promove o clareamento da pele. 

É indicado principalmente para pessoas com pele mista ou sensível, por não agredi-la e estimular a hidratação profunda. 

Niacinamida

A niacinamida é uma vitamina também chamada de Nicotinamida e Vitamina B3. É amplamente usada em cremes e séruns devido à sua capacidade de hidratação profunda e por aumentar a síntese de ceramidas naturais da pele. 

Quando o assunto é clareamento, esse composto atua como inibidor da síntese da melanina, reduzindo sensivelmente as manchas. Também retarda o envelhecimento cutâneo, controla a produção de óleo pelas glândulas sebáceas, combate radicais livres e auxilia na redução da hipersensibilidade da pele. 

Hidroquinona

É um dos clareadores mais utilizados devido à sua eficácia. A hidroquinona promove o clareamento e uniformização gradual dos tons de pele inibindo a ação da tirosina, por consequência há a redução na produção de melanina, assim a mancha fica cada vez mais clara. 

Ademais, a hidroquinona também provoca mudanças na estrutura das membranas das organelas que compõem os melanócitos. Isso quer dizer que, com o tempo, os melanócitos vão produzir cada vez menos melanina, prolongando a ação do medicamento. 

Alfa Arbutin

Basicamente, o Alfa Arbutin é uma variação da hidroquinona, no caso um glicosídeo da hidroquinona. Apresenta alto poder despigmentante por estar isolado, com a vantagem de apresentar menos efeitos colaterais. 

Ele também atua como um inibidor da enzima tirosinase que age na produção de melanina no nosso organismo, de modo a desestimular a ação dos melanócitos logo no início da síntese da melanina. 

Corticoides

Os corticoides são indicados quando a razão das manchas são inflamações cutâneas, geralmente causadas por condições auto-imunes, como a dermatite de contato, urticáriaeczema, entre outras. 

Os mais comuns são a betametasona, a mometasona e a dexametasona, que agem como poderosos imunossupressores e reduzem as manchas em poucas aplicações. 

Cetoconazol

O Cetoconazol é indicado quando a razão das manchas são fungos ou leveduras, como o caso do pano branco (pitiríase versicolor) e a tinea corporis, ambas micoses que geram manchas brancas e que coçam. 

Esse fármaco apresenta propriedades antimicóticas e antifúngicas, que eliminam a infestação dos fungos causadores das micoses. 

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Quando procurar ajuda profissional?

Apesar dos cremes serem vendidos em qualquer farmácia é importante que eles sejam receitados pelo dermatologista. Evite usá-los por conta própria ou qualquer outra receita caseira, pois além de não trazer o efeito desejado, isso pode comprometer ainda mais o quadro das manchas. 

A melhor alternativa ainda é consultar o profissional que vai avaliar o caso, conduzir o diagnóstico, orientar sobre possíveis dúvidas e só aí receitar o creme ou tratamento mais interessante para cada pessoa. 

Leia também: Manchas na pele – tudo o que você precisa saber sobre o assunto

 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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