Como tirar manchas de picada?

Como tirar manchas de picada? Algumas pessoas não reagem bem a picadas de pulgas, mosquitos e insetos em geral. Dependendo da região em que recebeu a picada, é possível notar uma mancha circular escura após a inflamação. Isso é chamado de hiperpigmentação pós-inflamatória.

A hiperpigmentação pós-inflamatória é semelhante às manchas que ficam após a acne, e assim como elas, tendem a desaparecer após alguns meses. 

Leia também: Manchas na pele – tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Acontece que as manchas causam grande desconforto estético e em alguns casos demoram muito para desaparecer por si só. Continue lendo e descubra o que fazer.

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Como as manchas de picada se formam? 

Pessoas que apresentam reações alérgicas a picadas de inseto costumam apresentar vermelhidão no local, e quando finalmente desaparecem essas primeiras lesões, surgem manchas escuras: a hiperpigmentação pós-inflamatória. 

Quando a picada gera inflamação, os melanócitos (células produtoras de melanina) liberam melanossomas em excesso. Esses melanossomas estão repletos da enzima tirosinase e sintetizam a melanina no local. O pigmento escurece a área da ferida mudando sua cor. 

As manchas variam de cor, desde o rosa, ao vermelho, marrom, castanho ou preto, de acordo com a tonalidade normal da pele e a profundidade da descoloração. 

Como tirar manchas de picada?

Em geral, é possível clarear as manchas de picadas com medicamentos anti-inflamatórios e uso do protetor solar antes que elas se desenvolvam. Se a hiperpigmentação já se formou, existem cuidados específicos que ajudam a atenuar as marcas. 

Entre as terapias indicadas podemos destacar:

Pomada

As pomadas são os primeiros recursos para o clareamento devido à facilidade de aplicação, efetividade e aos poucos efeitos colaterais apresentados pelos pacientes. A hidroquinona e a tretinoína são os princípios ativos mais usados. 

A hidroquinona previne a hiperatividade dos melanócitos, evitando que eles produzam melanina em excesso. Dessa forma, reduzindo a produção de melanina no local, a mancha fica mais clara gradativamente. 

Já a tretinoína é uma substância derivada da vitamina A que age como um esfoliante leve, capaz de promover a renovação celular onde é aplicada. Sua ação clareia as manchas, além de suavizar rugas e estimular a produção de colágeno novo. 

Cremes clareadores

Os cremes clareadores apresentam efeitos semelhantes aos das pomadas, com a vantagem de ter em suas formulações outros ingredientes que favorecem a saúde cutânea. São comuns os ácidos leves, como o kójico e a vitamina A, voltados à renovação celular, melhora na elasticidade e tônus da pele. 

Niacinamida

A niacinamida é uma vitamina que está presente em cremes, loções e séruns. Apresenta várias propriedades que favorecem a saúde da pele, como ação antioxidante, prevenção do envelhecimento cutâneo, controle da oleosidade, renovação celular e uniformização da pele. 

A grande vantagem dessa substância é a possibilidade de combinação com outros ingredientes, aumentando sua capacidade de ação. É comum soluções com a niacinamida e outros compostos como retinol, ácido hialurônico e antioxidantes em geral, o que aumenta sua eficácia.

Peeling

Existem dois tipos de peeling (químico e físico), no entanto, sua forma de ação é a mesma. Ambos promovem o efeito esfoliante na camada mais superficial da pele, estimulando a renovação celular, dessa forma, aquelas células hiperpigmentadas dão lugar a uma camada renovada, sem a melanina presente nas manchas. 

O peeling químico vai utilizar diferentes ácidos em concentrações que vão de 1% a 5%, como é o caso do ácido retinoico, ácido salicílico, tricloroacético, ácido glicólico, entre outros. 

Laserterapia

Os diferentes tipos de laser podem auxiliar no clareamento das manchas de forma muito eficiente. São comumente usados em vários tipos de lesões cutâneas, a exemplo do melasma, rosáceas, melanomas e na hiperpigmentação pós-inflamatória, como é o caso das manchas causadas por picadas de inseto. 

O aparelho faz disparos de luz segmentados e seletivos, que atingem somente os pigmentos de melanina. Quando atingidos, os pigmentos são quebrados e eliminados pelo sistema linfático, sem comprometer a região circunvizinha. 

O laser causa apenas um leve desconforto na região aplicada, com efeitos colaterais mínimos. As sessões são rápidas e não há necessidade de afastamento do trabalho. Em poucas sessões é possível notar a diferença. 

Microinfusão de medicamentos na pele

Microinfusão de medicamento na pele (MMP) é uma técnica que aplica substâncias terapêuticas, medicamentos ou cosméticos diretamente no local afetado pelas manchas. É comumente usada para reduzir cicatrizes, manchas e controlar a queda de cabelo. 

O método utiliza um aparelho com micro agulhas ou cânulas que injetam o ativo diretamente na mancha em movimentos suaves que auxiliam na penetração do tecido. É altamente preciso, visto que as substâncias agem diretamente no local hiperpigmentado. 

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Quando procurar o dermatologista?

As manchas de picadas de inseto costumam desaparecer sozinhas após alguns meses, no entanto, se demorar muito ou causar grande desconforto estético é importante consultar o dermatologista. Ele é o profissional mais adequado para avaliar as condições, orientar e definir o tratamento adequado para cada tipo de pele. 

Evite quaisquer receitas caseiras, pois além de não clarear as manchas, podem causar alguma reação e agravá-las ainda mais. 

Conheça outros tipos de manchas de pele e os tratamentos recomendados. 

 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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