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Tenho uma pinta: Quando devo me preocupar?

“Tenho uma pinta na pele e não sei se devo me preocupar com ela”. esta é uma dúvida muito comum. 

Se você estava no banho e de repente reparou em algum lugar do seu corpo uma nova pinta misteriosa, ou até mesmo uma manchinha pré-existente que sofreu alguma alteração, a primeira coisa a se fazer é ficar calmo e ler este artigo.

Na maioria dos casos, não nos damos ao trabalho de nos preocupar com essas manchas. Convenhamos, grande parte das pintas que existem em nossos corpos não são malignas, algumas delas podem até ser consideradas “charmosas”.

Por outro lado, uma pinta que apareceu recentemente ou mudou de alguma forma pode revelar um câncer. Ela pode até ser um melanoma, o mais perigoso e letal tipo de tumor de pele.

Você quer saber quando deve se preocupar com uma pinta? E, além disso, saber como realizar seu autoexame e cuidar bem da sua pele?

Então fique por aqui, porque neste artigo iremos dizer quando você deve se preocupar com pintas e pequenas manchinhas que surgem no seu corpo, e dar boas dicas de como ficar atento aos sinais de um possível câncer de pele.

Tenho uma pinta, como saber se ela é maligna?

Muitas das nossas pintas nascem conosco, ou seja, já estão em nossos corpos desde o início de nossas vidas. Outras surgem ao longo da vida, especialmente da infância e da juventude. 

Em geral, não há motivos para preocupação.

Mas você pode sim, e deve, verificar todos os sinais de que essas pintas possam ser um problema mais sério. Iremos te ajudar com isso.

As pintas, em geral, têm formatos e cores variadas. Mas, normalmente, quando são benignas elas seguem um padrão. Elas podem ser um pouco elevadas e possuir pelos ou não.

A primeira coisa que você precisa saber, e que é basicamente um resumo de todos as características a serem

a serem observadas, é que pintas normais e benignas não sofrem variações.

De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Taciana Dal’Forno Dini, em um artigo postado no site da instituição sobre o que é preciso observar nas pintas de pele, os cuidados com a pele devem ser constantes e existem lesões mais suspeitas. 

Ela diz que “Esses cuidados devem ser permanentes. As lesões mais suspeitas são as assimétricas, com bordas irregulares, que mudam de cor e vão crescendo ao longo dos meses”.

Para ajudar as pessoas a fazerem seu autoexame e identificar pintas que podem ser um câncer, os dermatologistas criaram uma regrinha muito simples e precisa, da qual falaremos abaixo, a regra do ABCDE.

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A regra ABCDE

A regra ABCDE é bem fácil de entender e ajuda qualquer pessoa a analisar as características suspeitas de suas pintas. Cada letra representa um sinal a ser avaliado pela própria pessoa.

Esta é uma ótima forma de entender um pouco mais o corpo e seus sinais de alerta.

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A letra A: Esta letra vem da palavra assimetria, ou seja, para verificar se sua pinta é suspeita, o primeiro passo é analisar se ela é simétrica ou não. Você pode dividir a sua mancha ao meio e assim observar se suas duas metades são parecidas. Caso não for, esse é um primeiro sinal de alerta para você. As manchinhas benignas tendem a ser bem simétricas e regulares.

A letra B: Já a letra B é direcionada à palavra borda. As pintas benignas possuem bordas regulares, enquanto as malignas possuem bordas irregulares. Os tumores benignos geralmente seguem um padrão.

A letra C: A letra C está ligada à cor. A cor de uma pinta benigna é sempre uniforme, podendo variar entre os tons de marrom e preto, dos mais claros aos mais escuros. Em tumores malignos as cores variam dentro da mesma pinta, não em todos os casos, mas em grande parte. Essas pintas malignas podem ter duas ou mais cores misturadas.

A letra D: A letra D foi retirada da palavra diâmetro. As pintas normais não são maiores que 0,5 cm, elas quase sempre são menores que isso. Já as malignas normalmente ultrapassam esse limite, e geralmente isso acontece de forma bem rápida, então esse é um ótimo ponto a se analisar.

A letra E: E por último, não menos importante, a letra E que vem da palavra evolução. Um ponto que já foi ressaltado e que é muito importante, uma pinta normal não sofre variações repentinas e contínuas, pois esse é um aspecto de tumores malignos que se desenvolvem muito rapidamente. Esse é um dos sinais mais fáceis de se verificar e que revela o tumor de forma mais rápida.

A regra ABCDE realmente ajuda?

Caso você esteja se perguntando se essa regra realmente irá te ajudar, é importante saber que nada vai substituir uma visita ao dermatologista, visto que apenas esse especialista irá entregar o diagnóstico exato e indicar o melhor tratamento.

É necessário saber que nem sempre esses aspectos irão aparecer simultaneamente em um câncer, e por isso é tão importante consultar um especialista.

Ficar de olho no seu corpo e analisar os sinais de possíveis complicações é o ideal para a saúde. Quanto mais cedo um câncer como o melanoma é descoberto, maior é a possibilidade de cura. 

O melanoma é o tipo mais perigoso de câncer de pele, pois possui alta capacidade de realizar metástase, ou seja, a capacidade de se espalhar pelo corpo, e o maior índice de mortalidade, apesar de também ser o tipo menos comum.

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Tenho uma pinta, ela pode ser um Melanoma?

Se você analisou uma pinta suspeita sua e viu que se encaixa em algum dos aspectos citados, existe sim a possibilidade de se tratar de um melanoma. Mas calma, não fique desesperado.

A primeira etapa você já concluiu e pode ir até um dermatologista para que ele possa te ajudar. E apesar da gravidade do melanoma, ele possui uma alta possibilidade de cura quando é descoberto antes do estado se agravar.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando a doença é descoberta precocemente a probabilidade de cura é de mais de 90%, o que pode deixar os pacientes mais tranquilos quando diagnosticados. Sendo assim, aplique a regrinha que você aprendeu e procure o seu dermatologista. 

Se você desconfia de alguma pinta, saiba que existe também a possibilidade de se tratar de outros tipos de tumores de pele mais comuns e menos graves, como é o caso do carcinoma basocelular.

Esse é o tipo de câncer de pele mais comum e com baixa taxa de fatalidade, também podendo ser curado quando descoberto precocemente. Existem esses e outros tipos de tumores, e só o seu especialista pode dizer do que o seu se trata.

A importância da identificação precoce e do tratamento

Como já foi dito, analisar e descobrir precocemente um tumor é um processo essencial e que vai aumentar as chances de cura significativamente. Portanto, é válido se perguntar: Tenho uma pinta, ela tem sinais de malignidade?

Agora você já sabe como fazer uma autoanalise e conhece os principais sintomas de que é hora de procurar ajuda. 

Como acontece com a maioria dos cânceres, o tumor de pele possui uma alta taxa de cura quando é diagnosticado antecipadamente. 

O tratamento é a única forma de cura, então não adianta ter medo de ir ao médico e ficar esperando que o problema evolua sozinha, você pode acabar tendo que lidar com um quadro mais grave no futuro. 

Consultas com um dermatologista feitas constantemente são importantíssimas para se manter sempre em alerta, principalmente se a doença já foi registrada em seu histórico familiar, se você possui excesso de pintas no corpo ou se você passa muito tempo exposto ao sol.

Como fazer o Autoexame?

Quer saber como fazer seu autoexame de uma forma precisa e detalhada?

Primeiramente é essencial ter em mente que o que você está procurando são aquelas pintas que se encaixam na regra ABCDE. Então, observar o seu corpo a partir desse ponto de vista entregará um resultado bem mais preciso.

Assim você consegue observar quais são as pintas normais e aquelas mais diferenciadas e suspeitas. Ou seja, descarte aquelas pintas bonitinhas e redondas que você tem desde que nasceu, ou que surgiram, mas não apresentam um comportamento estranho. 

Faça isso quando estiver saindo do banho, por exemplo, e tente revistar o seu corpo por completo. Se preciso, conte com a ajuda do seu cônjuge ou alguém de sua confiança.

Os cuidados com a pele

Quase todo mundo possui pintas na pele, de vários formatos e tamanhos, e maioria delas não fazem mal algum. Uma pinta normalmente é benigna e não apresenta riscos.

Mas, você deve sempre se prevenir e o cuidado com a pele é obviamente muito importante. Por isso, use protetor solar todos os dias, principalmente se for ficar exposto ao sol. Consulte sempre um dermatologista e faça o autoexame constantemente.

Para saber mais sobre as manchinhas na pele e também os cuidados a serem tomados, leia outros artigos do nosso site.

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521. Médica Especialista em Dermatologia pela SBD. Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica - Principles and Practice of Clinical Research - Harvard Medical School (EUA).

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