Fios de PDO (Fios de Polidioxanona) – tudo o que você precisa saber sobre o procedimento

A aplicação dos fios de sustentação se intensificou na década de 2000 com o uso de técnicas de fios permanentes, como fio russo, fio búlgaro e o fio de ouro. 

A técnica de fios implantados na epiderme em si se mostrou bastante eficiente, e para manter os benefícios e retirar os efeitos colaterais, foram desenvolvidas novas técnicas, a exemplo do fio de sustentação silhouette e os fios de polidioxanona, comumente chamados de fios de PDO. 

Em linhas gerais, com a evolução dos fios de sustentação, se mostraram seguros e eficientes na sustentação dos tecidos faciais flácidos por sua principal característica: são absorvíveis pela epiderme, o que gera um efeito duplo. São muito recomendados, primeiro pelo efeito lifting imediato, segundo por estimular a produção de colágeno e elastina. 

Continue lendo o post, entenda mais sobre os fios de PDO, como agem no organismo, vantagens e cuidados. Boa leitura!

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O que são os fios de PDO

Os fios de polidioxanona (PDO) são monofilamentos sintéticos e biodegradáveis. Já são amplamente usados há mais de trinta anos como suturas em procedimentos cirúrgicos, cardíacos, ginecológicos, urológicos, entre outras áreas. 

Na estética, são usados como fios de sustentação para tratamentos de rejuvenescimento por conta de suas duas frentes. 

Uma delas é o aumento da sustentação do tecido epitelial de modo a gerar o efeito lifting instantâneo. É um efeito mecânico produzido pelos encaixes fixadores do fio. Basicamente, ele levanta as camadas do tecido, reduzindo a aparência cansada. 

A segunda refere-se ao efeito residual que melhora a textura e elasticidade da pele quando é absorvido pela derme, uma vez que estimula a produção de colágeno e elastina. Isso ocorre devido à ação de macrófagos, fibroblastos e leucócitos estimulados pelos fios. 

O resultado é a produção de tecido conjuntivo fibroso, que aumenta a síntese do colágeno e elastina, capaz de produzir o efeito revitalizante, melhorar na elasticidade da pele, e o seu tônus, tornando-a mais brilhante e com aspecto renovado. 

A absorção dos fios depende do organismo do paciente. Em geral a degradação do fio ocorre entre 6 a 9 meses, no entanto, o efeito lifting secundário perdura por até 24 meses, conforme a resposta do paciente. 

Como o fio age na pele

A inserção dos fios de PDO na derme e subderme causa inicialmente um trauma dérmico, que por sua vez, promove a separação mecânica dos tecidos e lesões em pequenos vasos sanguíneos. É algo normal, que não traz consequências ruins à saúde do paciente. Muito pelo contrário, o trauma gera um processo inflamatório e em seguida a produção de tecido reparador fibrocolagenoso. 

A resposta do organismo no local ocorre conforme à espessura, formato e tipo do fio inserido na pele, bem como a camada tecidual atingida. A partir daí começa a produção de colágeno novo, a neocolagênese. 

O fio de PDO é considerado pelo organismo como um corpo estranho, que em resposta provoca a hidrólise dos fios. O intuito é desintegrar o corpo estranho, mas esse processo leva de 6 a 9 meses e durante esse período um tecido cicatricial é formado por elastina, colágeno e fibrina, o que traz os benefícios do tratamento. 

Benefícios dos fios de PDO

O tratamento apresenta os seguintes benefícios imediatos e duradouros:

Reduz a flacidez da pele, em especial das pálpebras inferiores;
Melhora o aspecto das rugas ao redor dos olhos com um resultado mais natural do que a toxina botulínica;
Reduz rugas de acordeon (da bochecha ao sorrir);
levanta a testa e as sobrancelhas, preenchendo sulcos e vincos;
Melhora o tratamento com toxina botulínica, reduzindo os efeitos pouco naturais do método, sobretudo na glabela;
Melhora as marcas de bigode chinês e marionete sem ter que recorrer a outros procedimentos como preenchimentos com ácido hialurônico;
Reduz a sobra de pele papada, melhorando também o aspecto “craquelado” e flácido do pescoço;
Não deixa cicatrizes visíveis;
Requer mínimo tempo de recuperação em casa.
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Como é feito o procedimento

O primeiro passo é fazer uma consulta com o dermatologista que irá avaliar a necessidade de recorrer ao procedimento. Ele também vai explicar todos os detalhes, como funciona, se o paciente é elegível e se há a necessidade de conduzir outras técnicas complementares. 

Na consulta também é decidido qual o tipo de fio utilizado, visto que existem fios lisos com diferentes espessuras e formatos, e os espiculados. 

No dia anterior ao procedimento, o paciente deve tomar alguns cuidados como evitar o consumo de bebida alcoólica, tomar algum remédio anti-inflamatório, comidas muito gordurosas ou alho, ou tomar ginkgo biloba, pois podem provocar inflamação excessiva. Deve-se evitar também o uso de cremes com qualquer tipo de ácido em sua composição. 

Pouco antes da sessão é feita a assepsia no local e o uso de um anestésico para reduzir qualquer desconforto. O dermatologista faz as marcações e começa o procedimento com o auxílio de uma cânula. 

A sessão dura pouco mais de 40 minutos, podendo durar mais se for associado outro tratamento em conjunto. 

A quem é indicado

Os fios de PDO são indicados para quem possui flacidez de leve a severa (escala de Glogau 1- 4) em diferentes partes do rosto, como glabela, sobrancelha, pregas do pescoço, bigode chinês, linhas de marionete, tratamento do  sulco nasogeniano, entre outros sinais do tempo. 

A quem é contra indicado 

Os fios de PDO não são indicados nos seguintes casos:

  • Gestantes e lactantes;
  • Pessoas com discrasias sanguíneas (anemia, coagulopatias etc).
  • Pessoas que estejam fazendo tratamento de coagulação sanguínea com uso de anti-inflamatórios do grupo ibuprofeno;
  • Pessoas com Lipoatrofia facial e Hipotonicidade cutânea; 
  • Pessoas com alguma doença no tecido conjuntivo ou doenças autoimunes;
  • Feridas ou cicatrizes no rosto;
  • Pessoas com predisposição de formar queloides; 
  • Pessoas obesas;
  • Portadores de hepatite B e C e HIV.

Perguntas frequentes

Agora vamos a algumas perguntas frequentes sobre o tratamento:

Onde realizar o procedimento?

Em consultório dermatológico e por um profissional capacitado. A inserção dos fios de PDO é um procedimento seguro, desde que seja realizado com cuidado e por um dermatologista experiente, visto que é necessário o conhecimento de anatomia e das camadas da pele. 

Quanto tempo duram os resultados?

A partir da aplicação dos fios já é possível notar os efeitos do lifting primário. Ao longo dos primeiros 8 meses, o paciente nota uma sensível melhora, que perdura por até 24 meses. 

Fios de PDO é o mesmo que silhouette 

Não, embora ambos sejam fios de sustentação e sejam usados para fins semelhantes, há diferenças. O PDO é formado pela polidioxanona, enquanto o fio SIlhouette é formado pelo ácido polilático. 

Quais possíveis efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais são mínimos quando o paciente toma todos os cuidados e segue as orientações do dermatologista. Em geral, ele pode apresentar dores na região ao palpar, prurido, infecção, hematomas, granuloma, extrusão dos fios quando inseridos de forma muito superficial, assimetria facial e perda da sensibilidade. 

A maioria dos efeitos são temporários ou podem ser contornados com medicação, conforme o sintoma. Caso o paciente apresente dor excessiva ou algum dos efeitos apresentados, deve entrar em contato com o profissional para avaliar as condições. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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