Dermatite no rosto: Conheça as mais comuns

Basicamente existem quatro tipos de dermatite que podem acometer o rosto: atópica, seborreica, perioral e esfoliativa. No post de hoje você conhece um pouco mais das características de cada uma delas. Acompanhe!

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Dermatite atópica

A dermatite atópica, também chamada de eczema atópico, é uma doença crônica. Sua manifestação ocorre como múltiplas lesões, geralmente avermelhadas, pruriginosas, que coçam muito. Por vezes, a pele se torna mais espessa, pode descamar, rachar e em casos mais extremos até sangrar. 

Não há uma causa específica, no entanto, alguns fatores (patogênicos ou não) podem funcionar como catalisadores. Acredita-se que há uma forte tendência genética, de modo que se os pais apresentaram a doença em alguma época da vida, seus filhos têm uma chance entre 60-80% de também apresentar os sintomas. 

Outro ponto é a tendência de pessoas que possuem asma, rinite alérgica ou febre dos fenos também apresentarem a dermatite atópica, denotando alguma ligação entre elas. Além deles, pessoas com deficiência de hidratação também podem desenvolver a doença. 

O diagnóstico inicial é clínico, mas o dermatologista pode solicitar exames diferenciais, como a biópsia. Após a certeza do diagnóstico, é iniciado o tratamento, que inclui pomadas e cremes, medicação oral e se os ferimentos causados forem contaminados por bactérias ou vírus, são prescritos também outros medicamentos, como antibióticos. Casos mais graves exigem internação hospitalar para o controle da dermatite.  

Algumas pessoas que já apresentaram a doença ou que tenham casos confirmados na família podem prevenir a manifestação da dermatite atópica seguindo as seguintes recomendações:

  • Mantenha a hidratação diária da pele. O ideal é aplicar o hidratante após o banho para “vedar” a umidade;
  • Use roupas feitas de fibras naturais e macias. Evite fibras ásperas que provocam coceira e roupas apertadas;
  • Evite banhos quentes e dê preferência para sabonetes neutros ou produto de higiene sem sabão;
  • Seque a pele suavemente com toalha macia, sem esfregar;
  • Se possível, evitar mudanças bruscas de temperatura e atividades que provoquem muito suor;
  • Use umidificador, caso o tempo esteja seco ou frio;
  • Pessoas alérgicas devem retirar os tapetes de casas e evita que os animais domésticos soltem muito pelo com tosa ou uso de luvas para retirar os pelos soltos;
  • Pessoas alérgicas a determinados alimentos também podem desenvolver dermatite atópica. Sempre que possível, evitar esses alimentos; 
  • Evitar substâncias irritantes, como detergentes, cosméticos, álcool, perfumes.

Dermatite Seborreica

A dermatite seborreica também pode acometer o rosto, principalmente na base do cabelo, região da boca, queixo, em volta do nariz, sobrancelhas, atrás das orelhas, além de nuca, couro cabeludo, entre outras áreas do corpo. 

Manifesta-se como lesões descamativas, pruriginosas, de coloração vermelha, rósea ou mais escura, dependendo da cor natural da pele. É bastante comum em adultos, por conta de fatores agravantes comuns ao cotidiano, como estresse, consumo de bebidas alcoólicas, banhos quentes, entre outros. 

Não se sabe a causa, no entanto, os fatores acima podem desencadear as lesões. A pele da pessoa que sofre com dermatite seborreica fica facilmente irritada até ao lavar o rosto. Por isso, quando ela aparece é importante evitar o uso de sabão para não piorar a irritação. Hidratantes também podem não ser bem tolerados, porém a pele tensionada precisa de hidratação. Dê preferência a produtos dermocosméticos testados. 

O diagnóstico é clínico, visto que as manifestações são bem específicas. Se for necessário, podem ser solicitados outros exames diferenciais. 

O tratamento inclui imunomoduladores tópico e antifúngicos. Esses últimos são necessários, pois a dermatite seborreica altera a temperatura e pode levar a proliferação dos fungos que vivem naturalmente na região, mas que em grande número agravam o quadro. Corticoides e esteroides tópicos não são recomendados, pois também podem gerar efeitos colaterais.

Dermatite perioral 

A dermatite perioral é um tipo de erupção cutânea que forma pequenas pápulas de coloração vermelha ou rosada com saliências semelhantes à acne e a rosácea. Surge principalmente em volta da boca e sobre o queixo. São pruriginosas, na maioria dos casos, coçam e doem. 

A condição acomete principalmente mulheres em idade fértil e crianças. As lesões começam, em geral, entre as pregas de pele nas laterais do nariz e se espalham ao redor da boca, a chamada região perioral. Em alguns casos as lesões se espalham para as maçãs do rosto, ao redor dos olhos e testa. 

As causas não são bem claras, no entanto, estão relacionadas a disfunções na barreira epidérmica e a alterações na flora cutânea e no sistema autoimune da epiderme. Geralmente as pessoas que desenvolvem algum quadro dessa dermatite também apresentam o comprometimento das vias áreas. 

Alguns fatores agem como catalisadores da doença, como uso indiscriminado de corticoides, uso excessivo de maquiagens sem a devida limpeza posterior, pasta de dente com flúor, mudanças hormonais, contraceptivos orais, estresse, entre outros. 

O diagnóstico é inicialmente clínico, porém é realizado o exame para distinguir de outras dermatites e doenças de pele, como a rosácea. 

Por conta da doença ter períodos de exacerbação e calmaria o tratamento pode ser diferente conforme a intensidade da doença. Para restabelecer a flora cutânea são receitados cremes ou géis antibióticos ou tetraciclinas, suspensos após a erupção cutânea ser controlada. Casos mais graves exigem isotretinoína, um medicamento para o tratamento da acne ou Pimecrolimo, um supressor do sistema imunológico.

Dermatite esfoliativa

Esse tipo de dermatite difere das demais devido à forte descamação na área atingida. Além de afetar o rosto também acomete outras áreas do corpo, como braços, pernas e peito. Os sintomas incluem pele vermelha e irritada, formação de crostas, perda de pelos, febre e calafrios. 

A dermatite esfoliativa é a mais grave das dermatites, pois deixa o corpo vulnerável a infecções, visto que o tecido que protege contra agentes externos encontra-se comprometido. Dessa forma, microorganismos como fungos e bactérias podem atravessar a pele, causando as chamadas infecções oportunistas.

Geralmente a causa da doença está relacionada a outros problemas de pele crônicos que não foram tratados devidamente, como psoríase ou eczema, mas também pode ser causada por uso excessivo de determinados medicamentos, a exemplo da Penicilina, Fenitoína ou barbitúricos. 

O diagnóstico é feito pela anamnese e exames como biópsia ou exame de sangue para determinar a possível causa. 

O tratamento inclui cuidados de suporte para reidratação da pele, tratamento para as infecções oportunistas, além de corticoides tópicos e sistêmicos para reduzir as crostas. Durante o tratamento, também recomenda-se cuidados mais abrangentes, como o uso de emolientes e banhos de aveia coloidal.

Independente do tipo de dermatite ou lesões que surgirem no rosto, é importante procurar o dermatologista, principalmente se houver sangramento, mudança no tamanho das lesões, dor ou coceira extrema. Quanto mais cedo for identificada a condição, melhor o organismo responde ao tratamento. 

 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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