Carocinhos na pele? Saiba o que pode ser

Em geral, os carocinhos na pele surgem tanto em adultos, quanto em crianças e dificilmente indicam alguma doença grave. Os pequenos caroços ou bolinhas no corpo podem ser sinal de queratose pilar, alergias, foliculite, lipoma ou ainda intolerância ao glúten, sobretudo se acompanhados de coceira e problemas gástricos. 

Na presença de quaisquer caroços na pele, é fundamental procurar um dermatologista, que vai avaliar as características dos carocinhos, identificar o local que surgiram, avaliar sua natureza em relação aos demais sintomas e assim conduzir o diagnóstico e o tratamento assertivo. 

Continue lendo o post e conheça as principais causas de carocinhos na pele.

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Queratose pilar

A queratose pilar é uma alteração de pele em pequenos caroços ou bolinhas de coloração avermelhada/esbranquiçada que aparecem na bochecha, braços, pernas, dorso e nádegas. Essas lesões não coçam, não doem, não estão associadas a outros sintomas, nem representam risco grave à saúde. 

As causas ainda não são claras, porém acredita-se que estejam relacionadas a produção em excesso de queratina na pele, que acaba acumulando nos folículos pilosos e leva ao aparecimento dos pequenos caroços. 

Alguns fatores funcionam como catalisadores, como pele ressecada, roupas muito justas, doenças hereditárias e dermatites não tratadas. Além disso, portadores de algumas doenças alérgicas como rinite e asma apresentam maior disposição para desenvolver a queratose pilar. 

Essas pessoas podem prevenir o aparecimento das lesões mantendo a pele hidratada, evitando banhos quentes e com alimentação balanceada, o que inclui alimentos ricos em vitamina A – cenoura, tomate, couve, peixes, fígado, gema de ovo, entre outros. 

Nem sempre quando os caroços de queratose pilar já apareceram é necessário tratamento. Quando há grande desconforto estético, o dermatologista pode indicar cremes contendo ácido salicílico ou ureia para ajudar na remoção das células mortas da pele e hidratá-la, ou cremes com ácido retinoico ou Vitamina A para atenuar os sintomas.

Existem vários produtos disponíveis no mercado que podem ser usados para tratar a Queratose Pilar. Aqui estão alguns deles:

  • Cremes com ácido salicílico: Um exemplo é o tratamento para queratose pilar Touch, que contém 15% de ácido glicólico e 2% de ácido salicílico.
  • Cremes à base de ureia: Estes cremes, como o QP Solution, são frequentemente recomendados para o tratamento da Queratose Pilar. Eles ajudam a controlar a doença e a melhorar a aparência da pele.
  • Cremes com ácido retinóico: Estes cremes também são usados para tratar a Queratose Pilar, embora a eficácia possa variar dependendo do indivíduo.
  • Hidratantes: Produtos como a Loção Hidratante Queratose Pilar Preventivo podem ajudar a manter a pele hidratada e aliviar os sintomas da Queratose Pilar.
  • Cremes com ácido láctico: O Pruderma KP Cream, por exemplo, contém 15% de ácido láctico e é usado para tratar a Queratose Pilar.
  • Cremes sem perfume: Produtos sem perfume, como o Cetaphil Pro Ureia 10% Loção, são frequentemente recomendados para pessoas com Queratose Pilar, pois são menos propensos a irritar a pele.

 

Lembre-se, é sempre melhor consultar um dermatologista antes de iniciar qualquer tratamento para a Queratose Pilar. Eles podem ajudar a determinar qual produto é o melhor para a sua situação específica.

Foliculite

A foliculite é uma infecção de pele que começa no folículo piloso, caracterizada por pequenos caroços, geralmente vermelhos ou amarelos (quando há a presença de pus). A pele ao redor fica avermelhada e o paciente sofre com maior sensibilidade e coceira na região. 

A infecção é causada por bactérias, fungos ou por vírus, que se instalam nos pelos encravados. A maioria dos casos de foliculite é superficial, com sintomas moderados como dor e prurido, no entanto, em casos mais graves ela se torna profunda, quando a infecção se expande por outras áreas, como lábios (sicose de barba) ou quando se torna furúnculos e carbúnculos.  

Qualquer pessoa pode desenvolver foliculite, no entanto, determinados fatores fazem com que algumas pessoas sejam mais suscetíveis à condição. Entre eles:

  • pacientes de doenças autoimunes;
  • pessoas que já apresentam um quadro de acne;
  • pessoas com dermatites;
  • pessoas acima do peso;
  • uso frequente de luvas ou botas de borracha;
  • uso de roupas muito apertadas;
  • pacientes que usam medicamentos contendo corticoides ou antibióticos, entre outros.

 

Geralmente, a inflamação se cura sozinha e os caroços desaparecem, deixando uma pequena cicatriz que some com o tempo. Em casos mais graves e recorrentes exigem uma atenção maior, visto que podem levar a perda de pele ou cicatrizes maiores. 

O tratamento inclui antibiótico tópico para eliminar a infecção bacteriana, anti fúngicos, anti-histamínicos e drenagem da infecção com uma pequena incisão. 

Para tratar a foliculite no corpo, alguns dos produtos que podem ser usados incluem:

  • Pomadas antibióticas: Estas são usadas para tratar a foliculite causada por bactérias.
  • Cremes de corticosteroides: Estes são usados para tratar a foliculite eosinofílica, uma condição que afeta principalmente pessoas infectadas pelo vírus HIV.
  • Sabonetes antissépticos: Estes podem ser usados para fazer a higiene local, ajudando a tratar a foliculite no rosto, barba, pernas, genitais e virilha.
  • Produtos específicos para foliculite: Existem produtos no mercado, como loções e cremes, que são especificamente formulados para tratar a foliculite.

Para tratar a foliculite no couro cabeludo, os produtos que podem ser usados incluem:

  • Shampoos e cremes profissionais: Estes produtos têm uma importante ação anti-inflamatória e calmante, ajudando a tratar a foliculite no couro cabeludo.
  • Produtos com ativos para acalmar o couro cabeludo: Estes são usados no caso de foliculite inflamatória.
  • Antibióticos: Se a foliculite for um processo infeccioso, com a presença de pústulas, é recomendado o uso de antibióticos.

Miliária

A miliária, também chamada de brotoeja, é comum em bebês, mas também pode surgir na vida adulta. Trata-se de uma inflamação aguda causada pela obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas. 

Essa obstrução impede que o suor seja expelido e chegue até a pele, provocando pequenas lesões, caroços avermelhados que surgem principalmente no dorso, costas, pescoço, axilas e demais dobras da pele. A aparência das lesões muda conforme a profundidade que ocorreu a obstrução do ducto. Os caroços podem ser pequenos, esbranquiçados ou avermelhados. 

Determinados agentes funcionam como catalisadores da miliária, como ambientes quentes e úmidos, roupas em excesso ou muito quentes e febre alta. Por isso, o uso de roupas frescas e arejadas e manter a pele hidratada funciona para a prevenção da miliária. 

O diagnóstico é feito a partir da análise clínica das lesões. O tratamento vai depender da gravidade, idade e local em que se instalaram. Em bebês, os cuidados são apenas manter a pele hidratada e fresca para aliviar o desconforto, com roupas leves, ambiente ventilado e banhos frequentes. 

Casos mais graves em que há infecções secundárias, o dermatologista indica medicação tópica com cremes pomadas cuja composição inclui corticoides e antibióticos, por exemplo.

Alergia na pele

A alergia na pele pode causar caroços de diferentes tamanhos, acompanhada de coceira e formação de crostas e até feridas, dependendo do grau de exposição do paciente ou por conta da coceira. 

Existem diferentes causas que levam as alergias, que são uma resposta do organismo para aquilo que ele considera um agente invasor. Entre as causas estão determinados alimentos, pelos de animais, tecidos, produtos cosméticos, bijuteria, ácaros, produtos de limpeza, entre outros. 

O primeiro passo aqui está em identificar o causador da alergia e interromper seu contato. Se ainda assim persistir, o médico irá receitar anti-histamínicos, inclusive injetáveis dependendo da gravidade.

Os produtos para tratar a dermatite de contato variam de acordo com o tipo de dermatite: alérgica ou irritativa.

Para a dermatite de contato alérgica, os tratamentos mais comuns incluem:

  • Pomadas ou loções com corticoides: que ajudam a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas.
  • Anti-histamínicos tópicos: que podem ajudar a aliviar a coceira.

Para a dermatite de contato irritativa, os tratamentos incluem:

  • Compressas frias com soro fisiológico ou solução de Burow: que ajudam a aliviar a inflamação e a dor.
  • Cremes hidratantes e loção de calamina: que ajudam a acalmar a pele e aliviar os sintomas.
  • Corticoides tópicos: que podem ser usados em casos mais graves.

 

Em ambos os casos, é importante identificar e evitar o contato com a substância causadora da dermatite para prevenir futuras reações. O diagnóstico e o tratamento adequado devem ser orientados por um dermatologista, que pode realizar testes alérgicos de contato (patch-test) para identificar a causa da dermatite.

Intolerância ao glúten 

Um dos sintomas de intolerância ao glúten é o surgimento de pequenos caroços na pele. Essa alteração se assemelha a pequenas bolinhas, mas que coçam bastante, acompanhadas de uma sensação de queimação. Em alguns casos essas bolhas descamam. 

O tratamento inclui pomadas e cremes para aliviar os sintomas. O médico também vai receitar uma mudança na alimentação, de modo evitar ao máximo alimentos que contenham glúten em sua composição. 

Lipoma

O lipoma é um caroço maior (cisto) de natureza benigna que surge sob a pele. Esse nódulo é formado principalmente por células de gordura e tecido fibroso e possui uma forma arredondada. 

Costuma aparecer em qualquer lugar do corpo como um pequeno caroço que ganha tamanho lentamente, chegando a 10 cm. É mais comum no dorso, costas, pescoço, braços, axila, pernas e coxas. Em casos mais raros, surgem nos órgãos e ossos. 

A causa ainda é incerta, mas acredita-se que há determinados fatores que contribuem para seu aparecimento, como histórico de família, doença de Madelung, e as síndromes de Gardner e Cowden. 

O diagnóstico de lipoma é geralmente feito por meio de um exame físico com apalpação da massa de gordura. Em alguns casos, quando o lipoma é maior que 5 cm, tem formato irregular, ou está afetando o tecido muscular ou a fáscia (película que cobre os músculos), podem ser necessários exames adicionais, como ultrassom ou ressonância magnética. Uma biópsia também pode ser realizada se necessário.

Existem três principais tratamentos para a remoção de lipomas:

  • Extração cirúrgica: Este é o tratamento mais comum para lipomas. A cirurgia é geralmente realizada sob anestesia local e o lipoma é removido através de uma incisão na pele. Se o lipoma for grande ou estiver localizado em tecidos mais profundos ou de difícil acesso, pode ser necessário usar uma anestesia mais abrangente e/ou sedação intravenosa. Após a cirurgia, os pacientes receberão instruções detalhadas sobre como gerenciar os sintomas, cuidar da incisão e identificar possíveis sinais de complicações.
  • Lipoaspiração: Neste procedimento, o lipoma é aspirado com uma cânula, da mesma forma que a gordura em excesso é aspirada em uma lipoaspiração convencional.
  • Injeção de esteroides: Embora menos comum, a injeção de esteroides pode ser usada para tratar lipomas. No entanto, este método não foi mencionado nos resultados da pesquisa e pode não ser apropriado para todos os casos.

É importante notar que a escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização do lipoma, se o lipoma está causando dor ou desconforto, e as preferências do paciente e do médico. Portanto, se você tem um lipoma, é importante discutir suas opções de tratamento com seu médico.

Independente do aparecimento dos caroços e seus sintomas associados é importante consultar o dermatologista. Ele é o profissional mais indicado para conduzir o diagnóstico, indicar o tratamento e sanar todas as dúvidas a respeito dos sintomas. 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

2 Comentários

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  • Estou com algumas partes do corpo coçando e aparece alguns carocinho irritados, passo álcool e arde, para de coçar depois volta novamente a coçar, quando fico próximo ao ventilador evita a coceira um pouco. Já tomei antialérgico mas não adiantou. Oq deve ser ?

  • Maria Eulália Lino Da Costa

    Eu i minha esta com caroço no corpo todo corça muito

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