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Azitromicina para acne: indicações de uso e cuidados necessários

A acne é uma condição de pele comum causada por um excesso de produção de óleo e células mortas que se acumulam nos poros da pele. Embora não seja grave, é uma condição estética que muitas pessoas desejam controlar – e um dos tratamentos indicados é a azitromicina para acne.

Neste artigo, discutiremos o que é a azitromicina para acne, qual é a sua indicação e quais são os possíveis efeitos colaterais. Para ler o nosso guia definitivo sobre acne, incluindo todas as suas complicações, clique aqui.

O que é Azitromicina para acne?

A azitromicina é um antibiótico de amplo espectro que é amplamente usado para tratar uma variedade de infecções bacterianas, incluindo acne. É bem tolerado e tem um alto índice de sucesso. É geralmente usado para tratar casos graves de acne que não responderam a outros tratamentos.

Como a Azitromicina funciona? Mais sobre seu Mecanismo de Ação

A azitromicina é um antibiótico que pertence à classe dos macrolídeos, sendo o primeiro de uma nova subclasse chamada azalídeos. Ela é usada para tratar uma variedade de infecções bacterianas, incluindo infecções do trato respiratório, da pele, de tecidos moles, do ouvido médio e doenças sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia.

O mecanismo de ação da azitromicina envolve a inibição da síntese proteica bacteriana. Ela se liga à subunidade ribossomal 50S das bactérias, impedindo a translocação peptídica, um processo crucial para a produção de proteínas que são essenciais para o crescimento e reprodução das bactérias.

A azitromicina é administrada por via oral e é rapidamente absorvida e distribuída por todo o organismo, com exceção do líquido cefalorraquidiano. O pico de ação ocorre 2 a 3 horas após a administração. A administração concomitante de antiácidos contendo hidróxido de alumínio e de magnésio pode diminuir as concentrações séricas máximas do fármaco, mas não a sua biodisponibilidade global.

A azitromicina é geralmente bem tolerada, com uma baixa incidência de efeitos colaterais. No entanto, alguns efeitos adversos podem ocorrer, incluindo cefaleia, vômitos, diarreia, fezes amolecidas, redução das células de defesa ou plaquetas, alteração na frequência cardíaca, tontura, e até perda da audição devido a toxicidade nos ouvidos.

Qual é a Indicação da Azitromicina para acne?

A azitromicina pode ser recomendada para tratar vários tipos de acne, incluindo acne inflamatória moderada e grave, acne cística e acne com presença de pústulas (espinhas cheias de pus). Ela pertence à classe dos antibióticos macrolídeos e age combatendo as bactérias que contribuem para a inflamação e formação de lesões na pele.

A Azitromicina é o único antibiótico disponível para tratar a acne?

Não, a azitromicina não é o único antibiótico utilizado para tratar a acne. Existem outros antibióticos que também são prescritos para essa condição, incluindo:

  • Tetraciclina: é um antibiótico que age na acne ao inibir o crescimento das bactérias que causam inflamação. É frequentemente utilizado em casos de acne moderada a grave.
  • Doxiciclina: é um antibiótico semelhante à tetraciclina e também é eficaz no tratamento da acne.
  • Clindamicina: é um antibiótico que pode ser utilizado topicamente ou por via oral para tratar a acne. É frequentemente utilizado em combinação com outro antibiótico para melhorar sua eficácia.

É importante ressaltar que o uso de antibióticos para acne deve ser prescrito e monitorado por um médico, pois o uso inadequado pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana e outros efeitos colaterais. Além disso, o tratamento da acne pode envolver outros medicamentos e cuidados com a pele, dependendo da gravidade, do tipo e do grau.

Quais são os possíveis efeitos colaterais da Azitromicina para acne?

A azitromicina geralmente é bem tolerada, mas pode causar efeitos colaterais leves em algumas pessoas. Alguns possíveis efeitos colaterais incluem: náusea, diarréia, dor de estômago, tonturas, vertigem, dor de cabeça, insônia, cansaço e fadiga. Se você experimentar quaisquer destes sintomas, deve conversar com o seu médico.

Em quais casos a Azitromicina não é recomendada?

A azitromicina pode não ser recomendada em certos casos de acne, dependendo da gravidade e do tipo da condição, assim como do histórico médico e dos medicamentos que o paciente esteja utilizando. Alguns casos em que a azitromicina pode não ser recomendada incluem:

  • Acne leve: a azitromicina é geralmente prescrita para tratar acne inflamatória moderada a grave. Para casos de acne leve, outras opções de tratamento, como cremes tópicos e medicamentos de venda livre, podem ser mais adequadas.
  • Sensibilidade à azitromicina: pacientes que apresentam hipersensibilidade ou alergia à substância não devem utilizá-la como tratamento para acne.
  • Gravidez e amamentação: mulheres grávidas ou que estejam amamentando devem evitar o uso de azitromicina, uma vez que não existem estudos suficientes que comprovem a segurança do uso deste medicamento durante esses períodos.
  • Uso prolongado: o uso prolongado de azitromicina pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando o tratamento menos eficaz.

É importante lembrar que somente um dermatologista pode avaliar o caso individualmente e prescrever o tratamento mais adequado para cada paciente.

Quais são os principais cuidados com a pele ao usar Azitromicina para acne?

Ao usar azitromicina para o tratamento da acne, é importante tomar alguns cuidados para garantir a eficácia do tratamento e evitar possíveis efeitos colaterais. Alguns desses cuidados incluem:

  • Tomar a medicação corretamente: siga as instruções do seu médico quanto à dosagem e duração do tratamento. Tome a medicação no mesmo horário todos os dias e evite esquecer doses ou interromper o tratamento sem autorização médica.
  • Informar o médico sobre outros medicamentos em uso: informe o seu médico sobre quaisquer outros medicamentos, suplementos ou vitaminas que esteja tomando, uma vez que a azitromicina pode interagir com alguns deles.
  • Evitar o uso prolongado: o uso prolongado de azitromicina pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando o tratamento menos eficaz. Por isso, siga as instruções do seu médico quanto à duração do tratamento e não use o medicamento por mais tempo do que o recomendado.
  • Observar efeitos colaterais: a azitromicina pode causar alguns efeitos colaterais, como náusea, diarreia, dor abdominal e dor de cabeça. Se você apresentar algum destes sintomas, informe o seu médico imediatamente.
  • Proteger a pele do sol: assim como outros tratamentos para acne, a azitromicina pode deixar a pele mais sensível à luz solar. Por isso, é importante usar protetor solar diariamente, com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30, e evitar a exposição solar direta durante as horas de pico.
  • Informar o médico em caso de gravidez ou amamentação: a Azitromicina pode não ser segura para uso durante a gravidez ou amamentação, por isso informe o seu médico caso esteja grávida ou amamentando.

Lembre-se que esses cuidados são gerais e não substituem as instruções específicas do seu médico. É importante sempre seguir as orientações do dermatologista para garantir o sucesso do tratamento e evitar possíveis complicações.

Jamais se automedique. Busque ajuda médica para saber qual é a melhor medicação para você!

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Como vimos ao longo do artigo, a azitromicina é um medicamento antibiótico eficaz para tratar a acne. É usado para tratar casos graves de acne que não responderam a outros tratamentos – mas embora seja geralmente bem tolerado, ainda causar alguns efeitos colaterais leves.

Consulte um dermatologista para discutir a melhor opção para o tratamento do seu quadro. Marque a sua consulta por meio dos contatos aqui no site!

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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