ARTIGO

Paroníquia – o que é, sintomas e tratamento

Apareceu algum tipo de vermelhidão ou inchaço ao redor da unha? Pode ser paroníquia, uma infecção que começa por um ferimento na pele não tratado, que acaba evoluindo e causando certo desconforto. 

Mulheres estão mais suscetíveis a desenvolver a condição por alterações na circulação dos dedos em trabalhos que exigem o uso constante de água e falta de higiene durante a manicure. Também acomete com frequência os diabéticos. 

Continue lendo, entenda mais sobre causas, sintomas e como tratar. Boa leitura!

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O que é paroníquia?

A paroníquia ou panarício é um tipo de infecção que acomete a pele em volta das unhas das mãos ou pés, iniciada por algum ferimento, que por vezes não é notado até que a infecção esteja visível. 

A infecção se dá quando a pele, que é a barreira natural do corpo contra microorganismos, apresenta alguma fissura que permita a penetração e proliferação de bactérias ou fungos. 

Geralmente fungos chamados Candida são os principais causadores, contudo, bactérias e leveduras também podem se combinar em uma infecção.  

Dependendo da causa da infecção, a paroníquia surge de forma lenta, podendo durar semanas ou surgir repentinamente e durar poucos dias. 

O principal sintoma é a inflamação da pele ao redor das unhas, além de vermelhidão e inchaço no local. A dor pode ou não vir acompanhada de pus embaixo ou próximo da unha.  

Os sintomas são fáceis de identificar e tratar, sobretudo no início da infecção. Pode ocorrer algum dano superficial à pele ou as unhas, mas se a infecção não for tratada, pode se agravar, resultando na perda parcial ou total de sua unha. 

A paroníquia pode ser aguda ou crônica, dependendo das suas principais características como início, duração e dos agentes infecci

Paroníquia aguda

Uma paroníquia aguda é uma infecção que ocorre quase sempre ao redor das unhas e se desenvolve rapidamente. Os agentes infecciosos mais comuns são as bactérias Staphylococcus e Enterococcus, geralmente como resultado de danos físicos causados à pele como mordidas, picadas, manicure ou outro trauma físico.

Frequentemente só uma unha é afetada com dor latejante, vermelhidão, calor e inchaço da pele ao seu redor.

Paroníquia crônica

A paroníquia crônica é uma infecção que ocorre nos dedos das mãos ou dos pés e se desenvolve lentamente. Costuma durar duas semanas e pode inclusive voltar se não for tratada corretamente. Os agentes infecciosos costumam agir juntos, como as bactérias Staphylococcus e Enterococcus em associação a levedura Candida. 

É mais frequente em pessoas que trabalham constantemente com água e sem luvas. A infecção ocorre por conta da pele cronicamente úmida e encharcada, o que rompe a barreira natural da cutícula. Isso favorece a fermentação da levedura, o crescimento das bactérias e sua entrada por baixo da pele para criar uma infecção.

Em geral, os sintomas são mais amenos que a paroníquia aguda. A área ao redor da unha fica mais sensível, com uma coloração vermelha, mas pouco intensa, inchaço moderado, a pele ao redor da unha fica com aspecto úmido e a cutícula fica machucada, se decompondo.

Quais as causas da paranoia?

Existem diferentes causas para a paroníquia aguda e crônica. A causa subjacente de cada uma é a bactéria, a levedura Candida ou uma combinação das duas.

Paroníquia aguda

A infecção aguda é causada pelo agente bacteriano que é introduzido na área ao redor da unha por algum tipo de trauma. Podem ser mordidas, arranhões, perfurações, manicure que empurra as suas cutículas de forma muito agressiva ou outros tipos de ferimentos semelhantes.

Paroníquia crônica

A infecção subjacente na paroníquia crônica é causada pela levedura Candida, porém também pode ser uma bactéria. Como as leveduras têm um desenvolvimento maior em  ambientes úmidos, essa infecção costuma ser causada pelo manuseio constante das mãos ou pés na água.

Como a paroníquia é diagnosticada?

Na maioria dos casos, o dermatologista ou clínico geral pode diagnosticar a paroníquia por análise clínica, apenas observando-a. É levado em consideração o histórico do paciente para avaliar se há algum fator de risco como diabetes. 

Em alguns casos o médico pode solicitar uma amostra de qualquer pus presente na infecção para exames laboratoriais se o tratamento não estiver apresentando resultados. O exame vai determinar o agente infeccioso exato e permitirá que o médico prescreva o melhor tratamento.

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Qual o tratamento?

Os tratamentos para a paroníquia dependem do tipo e da gravidade da infecção. Em casa, a pessoa pode mergulhar os dedos afetados em água morna três a quatro vezes por dia para aliviar os sintomas, mas será necessário procurar ajuda. 

O profissional mais adequado para conduzir o diagnóstico e tratamento é o dermatologista, que vai avaliar a natureza da infecção para indicar o tratamento, geralmente com pomadas, cremes e géis tópicos ou medicação oral. 

A paroníquia aguda exige geralmente o tratamento com antibióticos como dicloxacilina ou clindamicina. Se a infecção for causada por fungos, é prescrito um medicamento antifúngico com clotrimazol ou cetoconazol em pomada ou creme. Em casos mais graves, o médico pode recomendar a cirurgia reconstrutiva. 

A paroníquia crônica pode exigir um tratamento que perdura por semanas ou meses, dependendo da gravidade. Além da medicação, é importante manter as mãos ou pés secos e limpos o tempo todo. Se o trabalho da pessoa exigir que suas mãos fiquem molhadas ou expostas aos agentes causadores do problema, será necessário tirar uma folga ou atestado médico. 

Pode ser preciso drenar pus dos abscessos adjacentes. Para isso, o médico vai aplicar um anestésico local e, em seguida, abrir uma prega ungueal suficiente para inserir uma gaze, que ajudará a drenar o pus.

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Quando procurar um dermatologista?

O tratamento da paroníquia pode ser feito em casa, como mencionado, se os sintomas forem leves e a infecção não se espalhar para além da unha. Entretanto, se os sintomas se agravarem após alguns dias ou se a infecção se espalhar além da unha, é importante consultar um dermatologista com certa urgência.

Quais os fatores de risco?

Alguns grupos têm maior risco de paroníquia, são eles:

  • Mulheres;
  • Diabéticos;
  • Pessoas cujas mãos ficam frequentemente molhadas, incluindo em produtos de limpeza;
  • Pessoas que já apresentam algum tipo de doenças de pele, como dermatite;
  • Pessoas que apresentam alergia ao esmalte;
  • Pessoas com sistema imunológico enfraquecido por alguma condição, como soropositivos.
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Como prevenir as infecções nas unhas?

A melhor forma de prevenir a paroníquia é evitar os agentes causadores das infecções. O ponto de partida aqui é manter mãos e pés limpos para evitar que as bactérias adentrem nas unhas e pele. 

Além disso, é importante seguir as seguintes recomendações:

  • Hidratar as mãos, especialmente após a lavagem;
  • Evitar morder ou roer unhas;
  • Ter cuidados na hora de cortar as unhas, evitando pressionar muito as cutículas;
  • Evitar submergir as mãos na água por longos períodos;
  • Evitar contato com agentes irritantes;
  • Manter unhas curtas;
  • Proteger as mãos com luvas de borracha, principalmente no contato com água e produtos químicos.

Os cuidados com as mãos e pés são importantes para evitar as infecções. Mesmo quem já teve paroníquia precisa se cuidar para que ela não surja novamente. As perspectivas para o futuro são boas se você tiver um caso leve de paroníquia aguda. Como visto, o tratamento é simples e quando bem conduzido, é improvável que volte. 

A infecção crônica pode durar semanas ou meses, e como isso pode ser difícil de gerenciar dependendo da profissão da pessoa, a prevenção ainda é o mais interessante para evitar infecções. 

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UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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