Melasma no nariz: causas, sintomas, tratamento e prevenção

As manchas de melasma são causadas por diferentes fatores, o principal deles é a exposição solar, o que favorece o seu aparecimento na face região central da fronte, incluindo o nariz. O melasma no nariz é uma das manifestações mais comuns da condição.

Por ser uma região muito visível, causa um grande incômodo estético, sobretudo nas mulheres.Muitas delas recorrem à maquiagem e dermocosméticos para disfarçar as manchas. Mas será que isso é eficaz? 

 

Conheça os principais tipos de melasma e saiba mais sobre os tratamentos disponíveis. 

Continue lendo o post, entenda mais sobre a condição, quais os sintomas, tratamento e formas de prevenção. Boa leitura!

Porque surge o melasma no nariz?

Não há um consenso quanto à classificação clínica do melasma. Notou-se, no entanto, diferentes padrões das manchas na região centro facial, que inclui a central da fronte, região labial/bucal, supralabial. 

O percentual de casos que correspondem a essas regiões, incluindo o nariz, é de 78,7%, enquanto nas regiões periféricas, esse percentual é de 21,3%.

Há uma série de fatores envolvidos na etiologia da dermatite, porém, a exposição solar se mostra o principal deles. Por isso, a região que compreende o nariz, testa, bochechas e boca são as mais acometidas devido à exposição aos raios UV. 

Os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, depositam a melanina nos queratinócitos presentes nas camadas mais superficiais da pele, esse acúmulo que escurece a tonalidade da pele e forma as máculas de melasma. 

Isso ocorre porque o nosso organismo acredita que aquela região precisa de uma maior proteção contra os raios solares, depositando maior quantidade de melanina nela. O escurecimento aqui, é para reduzir os efeitos solares, visto que uma pele mais escura é menos suscetível aos efeitos do sol.

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Sintomas

O melasma é comumente confundido com outras dermatites, a exemplo da acantose nigricans. Por isso é importante avaliar os sintomas para ajudar no diagnóstico diferencial junto ao dermatologista. 

Os sintomas são manchas de tons de marrom, castanho ou cinza, dependendo da tonalidade natural da pele. Seu formato é semelhante a sardas, mas são simétricas, ou seja, se uma mancha nasce na bochecha esquerda, outra muito parecida irá surgir na direita. 

No nariz, as manchas se manifestam  na parte externa, começando pela parte superior da raiz, no dorso, no ápice inferior e nas laterais.

O melasma no nariz é uma condição genética?

Dependendo da etnia, como a indígena, o fator predisposição genética está presente em 80% dos casos. Apesar disso, não é possível afirmar que pessoas de uma mesma família possam apresentar padrões de melasma iguais ou semelhantes, visto que outros fatores estão associados ao seu surgimento, dessa forma nenhum deles pode ser responsabilizado individualmente pelo seu aparecimento.

Quais os fatores de risco para o surgimento de melasma no nariz?

Além da exposição solar sem fotoproteção, outros fatores podem servir como catalisadores do melasma. Assim, quando um indivíduo com predisposição ao desenvolvimento da dermatite é exposto a um desses agentes pode desenvolver as manchas. Entre eles podemos citar:

Alterações hormonais: associada a alterações nos níveis de estrogênio e progesterona na gravidez, uso de anticoncepcionais, tratamentos para fertilidade, reposição hormonal, menopausa, entre outros.
Mau funcionamento da tireoide: essa disfunção pode aumentar os níveis hormonais, causando o hiper funcionamento dos melanócitos.
Maquiagens e cosméticos: principalmente aqueles produtos que causam algum tipo de irritação na pele, que por consequência, aumenta a atividade dos melanócitos.
Medicamentos fototóxicos: alguns antibióticos, anticonvulsivantes e fenotiazinas, entre outros medicamentos podem agravar as manchas de melasma ou servir como catalisador para seu surgimento.
Estresse: o estresse e demais fatores emocionais como depressão e ansiedade podem contribuir para o surgimento das manchas.

Como tratar o melasma no nariz?

O melasma é uma condição crônica, ou seja, não possui uma cura, mas há formas de atenuar as manchas, que em alguns casos desaparecem sozinhas quando a pessoa não está mais exposta aos fatores desencadeantes. 

Devido ao incômodo estético muitas pessoas recorrem ao dermatologista para atenuar os efeitos do melasma. No Brasil, essas manchas estão entre as três principais causas para as consultas dermatológicas. 

Inicialmente, é feita a análise clínica das máculas, bem como do histórico do paciente. A partir daí é possível diferenciá-las de outras dermatites, encontrar a possível causa e a definir a terapia mais assertiva para aquele caso. 

Entre as principais terapias disponíveis no mercado, podemos ressaltar os agentes tópicos (pomadas e cremes), as terapias a laser, peeling, microdermoabrasão, microagulhamento, entre outras. É importante sempre evitar a automedicação e o uso de receitas caseiras, que podem agravar o quadro de melasma.

Como prevenir o melasma no nariz?

Não há uma forma de prevenir o melasma, a não ser evitando a ação dos catalisadores. Pessoas de pele mais escura, com casos na família, devem evitar principalmente a exposição solar entre as 10 da manhã e as 4 da tarde, usar o protetor solar com fator mínimo de 30 FPS e  roupas de fibra. 

O melasma é uma condição que pode desaparecer e reaparecer ao longo da vida da pessoa, por isso esses cuidados devem ser mantidos constantemente.

Além disso, a qualquer caso de manchas na pele, sinais que aumentam de tamanho, manchas que coçam, unhas caídas ou queda de cabelo, o dermatologista deve ser consultado. Quanto mais rápido forem identificadas essas alterações, melhor a resposta ao tratamento.

Conheça os principais tipos de melasma e saiba mais sobre os tratamentos disponíveis.

Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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