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Inchaço nos pés – causas e tratamentos

Embora comum, o inchaço nos pés incomoda muito. Na maioria dos casos não é algo grave, no entanto, deve demandar atenção. Geralmente, se o inchaço aparecer após um longo período em pé ou caminhando, é algo simples, relacionado a alterações na circulação. 

Agora se não houver nada associado, o inchaço pode ser um sintoma de algo mais grave, principalmente se permanecer por mais de um dia ou quando acompanhado de sintomas como vermelhidão, dor ou dificuldade de caminhar. 

Para ajudar na consulta com o especialista, vamos apresentar algumas possibilidades relacionadas ao inchaço dos pés. Independente da suspeita, o médico deve ser consultado. Acompanhe!

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Porque ocorre o inchaço nos pés?

Basicamente, o sistema circulatório coordena a circulação do sangue, que transporta nutrientes pelo sistema arterial e retorna ao coração pelo sistema venoso. A boa circulação é vital para o nosso organismo, pois transporta oxigênio, CO2, aminoácidos, entre outras substâncias para onde elas são necessárias. 

Quando a circulação não ocorre como deveria, possivelmente em algum lugar do corpo haverá acúmulo de líquido e os pés são os principais afetados por conta da gravidade. O resultado é o inchaço dos pés e tornozelos, seja por trauma dos tecidos, infecção ou outro agente que causa inflamação. 

A infecção ocorre quando os vasos sanguíneos dos pés dilatam-se para que o sistema imunológico tenha um melhor poder de ação, e dessa forma os glóbulos brancos e demais células de proteção podem acessar o local com mais facilidade. 

Na trauma mecânico, em caso de torção ou fratura, os tecidos ganham volume por causa da inflamação.

Quais as possíveis causas do inchaço nos pés?

Agora vamos as principais causas do inchaço:

Má circulação

A má circulação é a causa mais comum do inchaço dos pés. Normalmente aparece ao fim do dia e nem sempre está acompanhada de dor, apenas de um desconforto. Surge principalmente por conta do envelhecimento das veias, mas também pode ser resultado de ficar em uma mesma posição durante muito tempo, acumulando sangue em excesso nos pés e pernas. 

É possível aliviar o inchaço ao deitar com as pernas elevadas acima do nível do coração. Massagens com óleos também ajudam na circulação do sangue. Já aquelas pessoas que ficam muito tempo em pé no trabalho ou caminham muito, o ideal são compressas elásticas para prevenir o problema.

Efeito colateral a medicação  

Determinados medicamentos podem apresentar efeitos colaterais relacionados ao inchaço das pernas e pés. Entre eles anticoncepcionais, remédios para circulação e coração, corticoides, remédios para diabetes, antidepressivos, esteroides, etc. 

Caso o médico tenha receitado algum medicamento que esteja provocando o inchaço, suspenda o uso e retorne para informar sobre o inchaço. Dependendo da gravidade do inchaço será necessário prescrever outro medicamento.

Pré-eclâmpsia na gravidez

O inchaço nos pés é um dos sintomas da pré-eclâmpsia na gravidez. Embora seja comum, o inchaço dos pés e tornozelos, quando vêm acompanhados de pressão alta, ganho de peso repentino e dores de cabeça, pode ser pré-eclâmpsia. 

Trata-se de uma complicação que surge na gravidez e sua causa mais aceitável é o desenvolvimento instável dos vasos da placenta, ocasionando espasmos nos vasos sanguíneos, alterações sensíveis na capacidade de coagulação e redução na circulação de sangue. 

A condição é incomum, mas algumas mulheres estão mais suscetíveis, como na primeira gestação, gravidez antes dos 17 ou após os 35 anos, diabetes, obesidade, gestação de gêmeos, histórico de doenças renais ou pressão alta. 

Em caso de suspeita da pré-eclâmpsia, é necessário consultar o obstetra, avaliar a pressão arterial e dar início ao tratamento. Em geral, apenas uma mudança de hábitos, com baixa ingestão de alimentos ricos em sódio e de água (2 a 3 litros por dia) é o suficiente para reduzir o inchaço. 

Nos casos mais graves é necessária a internação e aplicação de anti-hipertensivos pela veia. Conforme o período gestacional do bebê, o médico pode recomendar a indução do parto para tratar a pré-eclâmpsia.

Linfedema

O linfedema é o acúmulo de linfa (líquido linfático) nos tecidos causando o inchaço dos pés, tornozelos e pernas. Ocorre quando, por alguma razão, os vasos linfáticos são lesionados ou obstruídos, dificultando que o líquido linfático seja drenado.

A linfa é um líquido formado por glóbulos brancos, proteínas e gorduras filtrados dos vasos sanguíneos e transportados para os espaços entre as células. Parte desse líquido é reabsorvida pelos vasos sanguíneos e o restante fica nos vasos linfáticos. O inchaço acontece quando o sistema linfático não consegue drenar o líquido adequadamente. 

O tratamento consiste na retirada da linfa, que dependendo da causa pode ser difícil de ser drenada, quando associada a problemas crônicos como tratamento de câncer. O médico deve ser consultado para indicar o melhor tratamento, que vai desde repouso, a medicação, uso de meias de compressão e fisioterapia.

Artrose 

É um dos problemas mais graves cujo sintoma é o inchaço nos pés. Trata-se de uma doença degenerativa que afeta as cartilagens, incluindo os tecidos que envolvem as articulações. O desgaste desse tecido, aumenta o atrito entre os ossos causando dor, desconforto, inflamações e dificuldade nos movimentos. 

O envelhecimento é a causa mais comum, sendo mais comum nas articulações de carga, que suportam mais peso, como é o caso dos pés, joelhos, coluna e quadril. 

Não há cura para a artrose, no entanto, algumas terapias aliviam seus sintomas. O diagnóstico precoce é fundamental para a melhora da qualidade de vida do paciente.

Trombose

A trombose causa o inchaço dos pés devido à formação de coágulos. Geralmente ocorre em locais em que não houve sangramento externo, assim ocorrem os coágulos sanguíneos internos, chamados trombos, resultando na inflamação na parede do vaso. 

Os trombos são formados principalmente nos membros inferiores, sobretudo nos pés. Sua estrutura é sólida e amolecida, semelhante a um nódulo. Quando não tratado, o trombo pode seguir até os pulmões causando seu entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação gravíssima que pode até causar a morte súbita.

Além do inchaço, a trombose apresenta outros sintomas como calor nas pernas, mudança de coloração (vermelho ou roxo) e endurecimento da pele. 

Entre as causas mais comuns estão imobilidade, muito tempo em pé, terapia de reposição, anticoncepcional, cirurgia, tabagismo, etc. 

O tratamento inclui medicamentos que reduzem a viscosidade do sangue e dissolvem o coágulo de sangue (anticoagulantes). São somente prescritos pelo médico, que também acompanha o paciente. 

Como evitar o inchaço dos pés?

Existem algumas medidas que impedem o inchaço nos pés, são elas:

Praticar atividades físicas – qualquer atividade física quando realizada de forma moderada favorece a circulação e ajuda a combater o sobrepeso ou obesidade;
Hábitos de vida saudáveis – consumo de água (2 a 3 litros por dia), redução no sal, ingestão de alimentos naturais, redução de alimentos industrializados, álcool e tabagismo são medidas que podem auxiliar a evitar o aparecimento do inchaço, bem como sua redução;
Uso de meias de compressão – as meias de compressão são muito usadas para controlar o inchaço, mas devem ser indicadas pelo médico;
Drenagem linfática – a drenagem ajuda na eliminação dos líquidos, como a linfa e aliviar o incômodo. Deve ser realizada por profissionais habilitados para evitar problemas futuros.

Vale ressaltar a necessidade de acompanhamento médico sempre que notar o inchaço persistente dos pés. Quanto mais cedo determinadas doenças são diagnosticadas, mais efetivo é o tratamento. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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