“Remoção de tatuagem dói?” Esta é uma das perguntas mais frequentes de quem considera o procedimento. A resposta não é simples, pois a experiência varia conforme a técnica utilizada, a localização no corpo e a tolerância individual.
É crucial entender que métodos caseiros ou realizados por não profissionais são ineficazes, extremamente dolorosos e carregam alto risco de infecções e cicatrizes permanentes. A única maneira segura e eficaz de remover uma tatuagem é sob a supervisão de um dermatologista em ambiente clínico adequado.
Continue a leitura para entender como funcionam os diferentes métodos profissionais, o que esperar em termos de sensação durante e após o procedimento, e como o manejo da dor é realizado.

Remoção de Tatuagem com Laser
Livre-se de tatuagens e micropigmentações indesejáveis ou mal-feitas em algumas sessões.
Renove sua autoestima com a remoção a laser.
Centro de Dermatologia – São Paulo – SP
Principais métodos profissionais para remoção de tatuagem
Conheça as técnicas mais utilizadas na dermatologia:
Remoção a Laser
É o método considerado padrão-ouro (mais eficaz e seguro) atualmente. Funciona pelo princípio da fototermólise seletiva: um feixe de luz de comprimento de onda específico é absorvido preferencialmente pelo pigmento da tinta, ignorando em grande parte a pele ao redor.
Lasers do tipo Q-Switched (como Nd:YAG, Alexandrita e Ruby) emitem pulsos de luz ultrarrápidos (em nanossegundos). A energia absorvida pelo pigmento é convertida em calor, causando uma expansão térmica instantânea que fragmenta as partículas de tinta em micropartículas.
O sistema imune então reconhece esses fragmentos como corpos estranhos. Células chamadas macrófagos gradualmente “engolem” e removem os pedaços de tinta através do sistema linfático, ao longo de semanas ou meses após cada sessão. É por isso que o clareamento é progressivo.
O laser dói?
A sensação é frequentemente descrita como pequenos “elásticos” ou “gordura quente” batendo na pele. A intensidade varia muito: áreas com pouca gordura subcutânea e muitos terminais nervosos (como tornozelos, costelas, axilas) são mais sensíveis. A cor da tinta (preta e azul absorvem mais energia) e o tipo de laser também influenciam.
Para maior conforto, utiliza-se anestesia tópica em creme (aplicada 30-60 minutos antes) e, em alguns casos, ar resfriado ou gelo durante o procedimento. A dor durante a aplicação é geralmente considerada menor do que a dor de fazer a tatuagem.
No pós-procedimento, é comum vermelhidão, inchaço e uma sensação de queimação que pode durar algumas horas. Pode formar-se uma crosta fina ou bolhas diminutas. Esses efeitos são gerenciáveis com gelo, cremes reparadores e cuidados de higiene prescritos pelo dermatologista.
Remoção Cirúrgica (Excisão)
É a remoção física da pele tatuada através de um procedimento cirúrgico. O dermatologista ou cirurgião plástico delimita e remove o fragmento de pele contendo a tatuagem, aproximando e suturando as bordas da pele saudável.
É um método definitivo em uma única sessão, mas sua aplicação é limitada a tatuagens pequenas. Para áreas maiores, seria necessário um enxerto de pele, o que trocaria a tatuagem por uma cicatriz de enxerto. A principal consequência é a substituição da tatuagem por uma cicatriz linear.
A cirurgia dói?
Durante o ato cirúrgico, sob anestesia local, não há dor. No pós-operatório, há desconforto, dor local e sensibilidade, que são controlados com analgésicos comuns. A dor do pós-cirúrgico e o processo de cicatrização (que leva semanas) são geralmente mais incômodos e prolongados do que a recuperação de uma sessão de laser.
Os cuidados pós-cirúrgicos são mais complexos: é necessário manter o local limpo e seco, fazer curativos regulares e monitorar sinais de infecção. A cicatriz resultante pode ser alvo de tratamentos para melhorar seu aspecto.
Peeling Químico e Dermoabrasão
São métodos muito menos utilizados atualmente para tatuagens, devido à baixa eficácia e alto risco de complicações em comparação com o laser.
Peeling Químico: Aplicação de ácidos fortes (como TCA – Ácido Tricloroacético) para causar uma queimadura química controlada, destruindo as camadas da pele onde a tinta está. A pele descama e, ao cicatrizar, pode ter clareado parcialmente.
Dermoabrasão: Uso de uma ponteira rotativa com ponta diamantada ou microcristais para “lixar” fisicamente as camadas superiores da pele, tentando remover o pigmento junto com o tecido.
Esses métodos doem?
Sim, são considerados os métodos mais dolorosos, tanto durante quanto após o procedimento. A dor é descrita como intensa ardência (peeling) ou irritação abrasiva (dermoabrasão).
O pós-tratamento é difícil: a ferida aberta requer cuidados meticulosos para evitar infecções. O risco de cicatrizes irregulares, alterações de textura (cicatrizes atróficas ou hipertróficas) e hiperpigmentação (manchas escuras) ou hipopigmentação (manchas brancas) é significativamente maior do que com o laser.
Como o Laser Remove a Tinta: Um Processo em Duas Fases
Clique em cada fase para ver os detalhes.
1. Fototermólise Seletiva: O Laser Age
O laser emite um pulso de luz (✔) que é absorvido seletivamente pelas partículas de tinta (●), ignorando grande parte da pele ao redor.
A energia é convertida em calor intenso e ultrarrápido dentro da partícula de tinta, fazendo-a expandir e se quebrar em fragmentos microscópicos.
Resultado Imediato: A tinta está fragmentada, mas ainda está no mesmo lugar. A pele pode ficar esbranquiçada (edema) e depois avermelhada.
Visualização: O laser (azul) atinge e quebra as partículas de tinta (pretas).
Legenda da Dor: Muito Baixa Moderada Alta Muito Alta
Notas: * Com anestesia tópica, quando aplicável. ** Durante o procedimento, sob anestesia local, não há dor. A classificação refere-se ao pós-operatório. A dor é subjetiva e varia por indivíduo e região do corpo.
Dúvidas frequentes sobre dor na remoção de tatuagem
1. Qual método é mais doloroso e qual é o menos doloroso?
Considerando a experiência global (durante e após), o peeling químico e a dermoabrasão são os mais dolorosos, com dor aguda e recuperação difícil. A remoção a laser é considerada a menos dolorosa entre os métodos profissionais, especialmente com o uso de anestésicos tópicos. A cirurgia, embora indolor no ato, tem um pós-operatório mais incômodo que o pós-laser.
2. A remoção a laser dói mais do que fazer a tatuagem?
Para a maioria das pessoas, não. A sensação é diferente: a tatuagem é uma dor contínua de agulha raspando a pele por horas, enquanto o laser são pulsos rápidos e intensos, mas de duração muito mais curta (minutos). Muitos relatam que a sessão de laser é mais tolerável.
3. Existem áreas do corpo que doem mais?
Sim. Áreas com osso próximo à superfície (tornozelos, canela, costelas, clavícula), com muitas terminações nervosas (axilas, virilha, lado interno do braço) ou com pouca gordura subcutânea tendem a ser mais sensíveis. Tatuagens no braço, coxa ou costas geralmente são mais toleráveis.
4. Posso tomar algo para a dor antes da sessão?
Nunca tome medicamentos por conta própria. Converse com seu dermatologista. Ele pode recomendar um analgésico comum (como paracetamol) a ser tomado antes da sessão, se necessário. Evite anti-inflamatórios (como ibuprofeno ou aspirina) sem orientação, pois podem aumentar o risco de sangramento ou hematomas.
5. Métodos caseiros são uma opção para evitar a dor do consultório?
Absolutamente não. Cremes “removedores”, soluções salinas, ácidos ou técnicas de abrasão caseira são ineficazes para remover tinta profissional da derme. Eles causam danos severos à superfície da pele (queimaduras químicas, infecções, cicatrizes profundas) e a dor envolvida é extrema e completamente em vão. O risco é infinitamente maior que qualquer benefício.
Visualizador de Sensibilidade por Área do Corpo
Selecione uma área no diagrama e um método para ver uma estimativa do nível de desconforto.
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2. Selecione o Método
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Esta é uma estimativa baseada em relatos médicos gerais. A experiência de dor é altamente individual.
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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM
Clínica no Jardim Paulista - Al. Jaú 695 – São Paulo – SP
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Clínica localizada na região dos Jardins em São Paulo
Conta com estacionamento coberto no local com manobrista gratuito. Amplas instalações modernas. A clínica está pronta para receber seus pacientes de forma especial, e utilizar últimas tecnologias do mercado de maneira eficaz.

Dra. Juliana Toma
Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).
Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA
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