Latisse para cílios – saiba quando usar o medicamento

O Latisse foi apontado como a solução para a queda de cílios. A novidade foi apresentada no Encontro da Academia Americana de Dermatologia nos Estados Unidos e pouco depois chegou ao Brasil. Sua licença foi concedida pela Anvisa em 2011 e de lá para cá passou a ser indicado por dermatologistas para o tratamento das diferentes condições que causam a queda dos cílios e sobrancelhas.  

Em geral, a queda dos cílios é parte da renovação dos fios e ocorre de forma natural a cada 4 a 6 meses. As pálpebras superiores são compostas de cerca de 100 a 150 fios que se renovam conforme fases distintas, que geralmente podem apresentar menor densidade, número e tamanho de fios. 

Uma densidade normal é comum, no entanto, quando há uma queda abrupta, falha evidente ou falta de cílios é necessário ligar o alerta e buscar tratamento. Quanto mais cedo for identificada a causa, mais rápido começa-se o tratamento com Latisse para cílios (ou outro). 

No post de hoje, você entende quais as principais causas da queda dos cílios, quais os compostos presentes no Latisse, suas indicações e contra-indicações. Acompanhe!

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Como funciona o Latisse para cílios?

O Latisse é uma solução tópica em forma de colírio que promove o nascimento e crescimento de cílios. Seu princípio ativo é a Bimatoprosta, em adição à solução com cloreto de benzalcônio, cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, ácido cítrico e água. 

Age na redução da pressão aumentada dentro dos olhos, sendo indicado para casos de glaucoma, mas também estimula o crescimento dos cílios em comprimento, espessura, intensidade e coloração. 

O remédio começa a agir logo após a primeira aplicação e mostra-se constante durante o tratamento, que pode perdurar por até seis meses, conforme a resposta do paciente. A partir do segundo mês é possível notar o aumento sensível no volume dos cílios.

Quando o Latisse é indicado?

O Latisse é indicado para perda de cílios nos seguintes casos:

Alopecia ciliar

A alopecia é uma condição em que há a perda de cabelo ou pelos do corpo. Quando acomete os cílios é chamada de alopecia ciliar. O distúrbio pode ser transitório ou definitivo, afetando tanto mulheres quanto homens. 

As causas são as mais variadas possíveis e vão desde problemas emocionais, passando por doenças autoimunes, medicação, hereditariedade, hormônios masculinos, oleosidade, má alimentação, entre outros. 

Madarose

É a perda ou queda dos cílios. Como resultado há a sensível redução no número dos fios presentes na pálpebra. A madarose é o termo usado quando há a perda parcial dos fios, estando relacionado a algum problema orgânico ou resultado de auto agressão (tricotilomania). 

Hipotricose palpebral

Diferente da alopecia, cuja principal característica é a queda dos fios, a hipotricose é caracterizada pelo quadro de ausência capilar, seja cabelo, cílios, sobrancelhas, em que nem houve o crescimento dos fios. 

Essa falta pode afetar as pessoas desde seu nascimento e permanecer durante sua vida, ter origem genética ou estar associada a problemas no desenvolvimento do folículo piloso, que dá origem aos fios.

Blefarite

É um tipo de inflamação nas pálpebras. Surge principalmente em pessoas com pele oleosa ou com quadro de olhos secos. A causa principal é o excesso de gordura na região. Pode se localizar na região inferior da pálpebra ou na região dos cílios. 

Entre os sintomas da blefarite estão coceira, vermelhidão, sensibilidade e irritação nos olhos, descamação dos cílios, semelhante à caspa. Muitas vezes, mesmo após o tratamento, a condição deixa sequelas, que é a perda de parte dos cílios, sendo necessário uma nova terapia para estimular seu crescimento. 

Além dessas condições, alguns fatores podem impedir o crescimento natural dos cílios, dos quais se destacam:

uso frequente rímel delineador ou de marcas com compostos que provocam sensibilidade no local;
alergia a maquiagens;
mau uso do curvex ( utensílio para modelar cílios);
uso de maquiagens fora da data de validade;
doenças autoimunes;
carência nutricional.
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Como usar o Latisse para cílios?

O Latisse para cílios é destinado somente à aplicação sobre a pele das margens das pálpebras superiores, ou seja, na base dos cílios e não deve ser aplicado na pálpebra inferior (região em que os cílios estão em contato com a pele).

Caso esteja usando lentes de contato, retire-as antes da aplicação. Retire também qualquer maquiagem ou produtos cosméticos, lavando o rosto, sobretudo na região dos olhos. 

O medicamento já vem pronto para uso, mas é necessário seguir alguns cuidados. O mais importante é não tocar na ponta do frasco ou manter o contato com outra superfície para evitar qualquer tipo de contaminação do frasco ou da solução. 

O fabricante fornece aplicadores descartáveis, em que o paciente aplica uma gota da solução e em seguida o posiciona sobre os cílios em movimentos suaves. Por fim, descarte o aplicador. 

A dose ideal é de uma gota para cada pálpebra, uma vez por dia (preferencialmente durante a noite). Não se deve exceder a aplicação a uma gota diária, visto que a administração mais frequente não gera qualquer aumento adicional no crescimento dos fios. 

É necessário evitar o contato da solução diretamente com o olho ou a pálpebra inferior. Use apenas os aplicadores fornecidos na embalagem do Latisse. Caso a solução chegue ao olho, possivelmente não causará nenhum dano, mas é necessário retirar o excesso. 

É importante também seguir as orientações do médico quanto aos horários, doses e duração do tratamento. 

Quais as contraindicações

Assim como outras terapias, os pacientes que fazem uso do Latisse para cílios podem apresentar algum efeito colateral à formulação. O produto é contraindicado para pessoas que tenham algum tipo de alergia aos compostos, principalmente a bimatoprosta, seu princípio ativo. 

Esse medicamento só deve ser usado com prescrição médica, pois devem ser observadas as necessidades reais do paciente, bem como a orientação e cuidados a serem tomados no uso do Latisse. 

Seu uso indevido, apenas para caráter estético, pode levar a alterações na pigmentação da íris. O uso também deve ser evitado por crianças, visto que os estudos foram realizados apenas em adultos. 

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Dra. Juliana Toma – Médica Dermatologista pela Universidade Federal de São Paulo – EPM

Clínica no Jardim Paulista – Al. Jaú 695 – São Paulo – SP

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).