ARTIGO

Remoção de Acrocórdons (Verruguinhas) em São Paulo

Acrocórdons (Verruguinhas no Pescoço): Remoção Segura e Eficaz

Essas pequenas projeções de pele, embora benignas, podem impactar significativamente a autoestima e a percepção da saúde da pele. A moderna Dermatologia oferece soluções precisas, rápidas e minimamente invasivas para restaurar a textura uniforme e suave do seu pescoço e colo.

Anatomia e Fisiologia do Acrocordon

Estrutura Involvida: O acrocordon (ou fibroma mole) é uma neoplasia benigna originária da derme superficial e da epiderme. É composto por um núcleo central de tecido conjuntivo fibroso e adiposo, recoberto por epiderme normal.

Pele Saudável vs. Acrocordon

Arquitetura Jovem: A pele normal apresenta uma superfície contínua, com pregas e sulcos naturais. As fibras de colágeno e elastina na derme mantêm a firmeza e a elasticidade.

A “Falha” Biológica: O acrocordon surge de uma hiperplasia (crescimento excessivo) localizada de fibroblastos e células epiteliais, frequentemente em áreas de fricção. Não há uma “degradação” como no envelhecimento, mas sim uma proliferação benigna desregulada do tecido, formando uma pequena “alça” de pele pendular.

Por que no Pescoço e Axilas?

Essas regiões têm pele mais fina e são submetidas a constante fricção mecânica (de roupas, colares, movimento) e umidade relativa. A combinação desses fatores parece estimular os queratinócitos e fibroblastos a se multiplicarem, formando os acrocórdons. Há também uma forte associação com resistência à insulina e síndrome metabólica.

O que são Acrocórdons (Verruguinhas)?

Definição Médica

Os acrocórdons são tumores benignos, pediculados (com uma “haste”), macios e de coloração semelhante à pele ou levemente pigmentados. Não são contagiosos e têm crescimento limitado.

Nomenclatura Popular

Conhecidos como “verruguinhas”, “pelinhas” ou “fibromas moles”. É crucial diferenciá-los de verrugas virais (causadas por HPV), que são contagiosas e requerem abordagem diferente.

Fatos Rápidos

  • Prevalência: Extremamente comum, aumenta com a idade e o peso.
  • Localização: Pescoço, axilas, virilhas, pálpebras.
  • Risco: Praticamente nulo de malignização.
  • Motivo de Remoção: 90% estético, 10% funcional (irritação, sangramento).

Como Identificar os Acrocórdons

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Morfologia Pediculada

Pequena saliência presa por uma haste fina, como um “cabinho”.

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Textura Macia

Ao toque, é maleável e indolor a não ser que seja torcido.

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Cor da Pele ou Marrom

Pode ser da cor da pele ou ter leve pigmentação.

⚠️

Irritação Local

Pode inflamar, sangrar ou doer se preso em roupas ou joias.

Etiologia: Por que eles Aparecem?

Fatores Mecânicos & Hormonais

Fricção Crônica: O atrito repetitivo é o principal estímulo local para o crescimento.
Resistência à Insulina: Condições como pré-diabetes e síndrome dos ovários policísticos (SOP) aumentam significativamente a incidência, devido ao efeito do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) nos fibroblastos.
Gravidez: Flutuações hormonais podem desencadear o surgimento.

Genética & Envelhecimento

Predisposição Genética: Histórico familiar é comum.
Envelhecimento Intrínseco: A redução na qualidade do colágeno e a maior flacidez da pele com a idade criam um ambiente propício para sua formação.
Obesidade: Está diretamente correlacionada com maior número de lesões.

Diagnóstico Dermatológico: Precisão é Fundamental

Inspeção Clínica

O dermatologista avalia a morfologia, cor, textura e localização. A apresentação típica (pediculada, macia, múltipla) é geralmente diagnóstica.

Dermatoscopia (Microscopia de Epiluminescência)

Exame não invasivo que aumenta a visão da lesão. No acrocordon, mostra padrões característicos como sulcos e lacunas marrons e vasos dilatados, ajudando a excluir diagnósticos diferenciais como nevos melanocíticos.

📋 Diagnóstico Diferencial

Não confunda acrocórdons com:

  • Verrugas Virais (HPV): Superfície áspera, queratótica, sem a haste fina. Contagiosas.
  • Nevos Melanocíticos Pediculados: Pintas com haste. Requer avaliação dermatoscópica cuidadosa.
  • Molusco Contagioso: Pápulas peroladas, umbilicação central. Altamente contagioso.

Apenas o dermatologista pode fazer esta distinção com segurança.

🔍 Identifique seu Fototipo de Pele (Fitzpatrick)

Conhecer seu fototipo é crucial para planejar o procedimento de remoção e os cuidados pós-operatórios, especialmente em relação ao risco de hiperpigmentação.

Tipo I
Pele muito clara, sempre queima, nunca bronzeia.
Tipo II
Pele clara, queima fácil, bronzeia pouco.
Tipo III
Pele morena clara, queima moderado, bronzeia gradual.
Tipo IV
Pele morena, raramente queima, bronzeia bem.
Tipo V
Pele morena escura, muito raro queimar, bronzeia intenso.
Tipo VI
Pele negra, nunca queima, pigmentação muito escura.

Recomendações para o seu Fototipo :

Protocolos de Tratamento: Remoção Minimamente Invasiva

A remoção é simples, rápida e realizada no consultório. A escolha da técnica depende do tamanho, localização e número de lesões.

⚡ Remoção por Eletrocirurgia (Bisturi Elétrico)

Mecanismo Fisiológico: Um eletrodo de ponta fina emite uma corrente elétrica de alta frequência que gera calor localizado intenso (termocoagulação). Este calor vaporiza instantaneamente o tecido do acrocordon e cauteriza os vasos sanguíneos da haste, realizando remoção e hemostasia (estancamento do sangramento) em um único gesto.

Vantagens: Precisão milimétrica, sangramento mínimo, rápido. Ideal para lesões pequenas e médias.

💡 Remoção a Laser (CO2 ou Erbium:YAG)

Mecanismo Fisiológico: O laser emite um feixe de luz altamente focado que é absorvido pela água intracelular. A energia luminosa é convertida em calor, causando a vaporização controlada e em camadas (ablação) do tecido lesionado. Promove também estimulação de colágeno na base da lesão.

Vantagens: Método extremamente estéril, controle preciso de profundidade, excelente resultado cosmético com cicatrização mais rápida que a eletrocirurgia.

✂️ Curetagem ou Excisão com Tesoura

Mecanismo Fisiológico: Remoção física e mecânica da lesão. A cureta (instrumento cortante em forma de colher) ou tesoura de iris é utilizada para “raspar” ou cortar a lesão na sua base. Pode ser combinada com eletrocirurgia para hemostasia.

Vantagens: Extremamente rápida para múltiplas lesões pequenas. A amostra pode ser enviada para análise anatomopatológica se houver qualquer dúvida diagnóstica.

🧴 Cuidados Pós-Procedimento e Prevenção

Mecanismo Fisiológico da Cicatrização: Após a remoção, forma-se uma micro-crosta. A pele regenera-se a partir das bordas e dos anexos cutâneos. O objetivo do cuidado pós-operatório é prevenir infecção, minimizar inflamação e evitar hiperpigmentação pós-inflamatória.

Protocolo:

  • Proteção Solar Rigorosa (FPS 50+): Impede a ativação dos melanócitos na área tratada.
  • Pomada Antibiótica/Regeneradora: Mantém o leito úmido, acelerando a epitelização.
  • Controle da Insulina: Para pacientes com múltiplos acrocórdons, avaliar resistência à insulina pode ser a chave para prevenir novos surtos.

🧭 Encontre o Protocolo Mais Indicado para Você

Selecione as características das suas lesões para ver uma recomendação geral. A consulta com a dermatologista é indispensável para a decisão final.

Tamanho predominante:

Pequenas (< 2mm)
Médias (2-5mm)
Grandes (> 5mm)

Quantidade:

Poucas (1-5)
Muitas (6+)

Protocolo Sugerido:

🚨 Sinais de Alerta e Contraindicações

Procure avaliação imediata se um “acrocordon” apresentar:

  • Crescimento rápido em semanas.
  • Sangramento espontâneo sem trauma.
  • Mudança de cor (especialmente para preto ou azulado).
  • Ulceração ou dor persistente.

Contraindicações Relativas aos Procedimentos:

  • Infecção ativa na área (herpes, impetigo).
  • Histórico de cicatrização hipertrófica ou queloide.
  • Uso recente de isotretinoína oral (pode alterar cicatrização).
  • Gravidez (procedimentos eletivos devem ser postergados).

Prognóstico e Manutenção a Longo Prazo

Resultados: A remoção é definitiva para a lesão tratada. A cicatrização geralmente é excelente, com discreta marca residual que clareia com o tempo.

A “Conta Bancária” da Pele Saudável: Como a tendência a formar acrocórdons é crônica (relacionada à genética, fricção e metabolismo), novos podem surgir. A manutenção consiste em:

  1. Controle dos Fatores Sistêmicos: Avaliação médica para síndrome metabólica.
  2. Minimizar Fricção: Evitar colares apertados, roupas com gola grossa.
  3. Hidratação e Proteção Solar: Mantém a barreira cutânea íntegra e reduz estresse oxidativo.
  4. Remoção Precoce: Remover novas lesões quando ainda são pequenas é mais simples e deixa marcas menores.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O procedimento de remoção dói?

Utilizamos anestesia local tópica (creme anestésico) ou injetável, tornando o procedimento muito confortável. No máximo, uma leve sensação de pontada ou calor.

Posso arrancar em casa com linha ou tesoura?

Não recomendado. O risco de infecção, sangramento excessivo, cicatriz inestética e, principalmente, de errar o diagnóstico (remover uma lesão potencialmente perigosa) é alto. Deve ser realizado por um dermatologista em ambiente esterilizado.

Quanto tempo leva para cicatrizar?

As micro-crostas caem em 5 a 10 dias. A vermelhidão residual pode persistir por 2 a 4 semanas, clareando progressivamente. O uso rigoroso de protetor solar é crucial nessa fase.

O plano de saúde cobre a remoção?

Geralmente, não. A remoção de acrocórdons é considerada um procedimento estético, mesmo que haja queixa de irritação. Exceções podem ser avaliadas caso a caso se houver sintomas funcionais significativos.

Posso fazer a remoção no verão?

Sim, mas os cuidados com o sol devem ser redobrados. A pele recém-tratada é extremamente sensível aos raios UV e pode hiperpigmentar facilmente. Preferencialmente, use protetor físico (chapéu, lenço) sobre a área além do filtro solar.

Dra. Juliana Toma | Dermatologia de Excelência em São Paulo

📍 Localização: Al. Jau 695 – Jardim Paulista, São Paulo – SP

👩‍⚕️ Autoridade Médica: Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pela USP. Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP.

💎 Tratamentos Oferecidos: Remoção de Acrocórdons, Laser Picossegundos para Melasma e Rejuvenescimento, MD Codes®, Botox®, Preenchimento Facial, Microagulhamento, Tratamento para Queda de Cabelo.

🏩 Atmosfera da Clínica: Consultórios individuais, atendimento personalizado e detalhista, em uma localização privilegiada.

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Dra. Juliana Toma

Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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