Listra preta na unha – o que pode ser?

Apareceu uma listra preta na unha e você não sabe o que é? Pode ser desde algo simples, como uma má formação na unha, algo que não vai evoluir a uma condição mais grave, que se não tratada pode gerar um quadro de lesão maligna.

Mas não se desespere. Se você veio até aqui, significa que deseja entender um pouco mais, no entanto, deve buscar ajuda profissional. No post de hoje vamos elucidar as dúvidas sobre essa listra, e assim quando for a uma consulta, conseguirá passar todas as informações que o médico precisa para ajudá-lo. Acompanhe!

Listra preta na unha por trauma

A matriz da unha pode ficar manchada por diferentes motivos. Quando se trata de uma linha vertical, geralmente no meio da ponta até a base da unha, uma das possibilidades é justamente uma lesão ou trauma, seja por pancada, uso de produtos de limpeza ou sapato apertado.

Geralmente, essas manchas não são uniformes ou em listras, mas quando o hematoma subungueal segue a matriz, acaba tomando essa forma por conta do sangue que se acumula na base. Nesses casos, o sangue segue a linha da matriz e fica com uma aparência preto-arroxeada.

É mais fácil de se diagnosticar, pois está associado a uma dor latejante, diferente de outras manifestações semelhantes. Além disso, seu aparecimento é rápido, assim que ocorre o trauma.

O tratamento também é simples e consiste na retirada do sangue a partir de um pequeno orifício feito na placa ungueal (a parte mais dura da unha). O médico utiliza uma agulha ou fio aquecido em um procedimento rápido e quase indolor.

Micose de unha

Alguns tipos de micoses de unhas, as onicomicoses, também deixam listras escuras, geralmente verdes, cinzas ou pretas. Trata-se de uma infecção causada por fungos que se alimentam da queratina presente nas unhas. Eles acometem a placa ungueal e o tecido ao redor chamado de dobras periungueais.

Essa é uma doença relativamente comum, que pode afetar tanto as unhas das mãos quanto dos pés. Devido à proximidade dos pés com o chão, o uso de calçados fechados e o ato de andar descalço, as unhas dos pés são mais suscetíveis à proliferação desses fungos, que penetram através de lesões na pele e se instalam embaixo das unhas.

O diagnóstico é clínico na maioria dos casos. O dermatologista avalia as características da lesão, bem como o histórico de vida do paciente, mas se for necessário pode solicitar exame fúngico para diferenciar de outra condição.

O tratamento varia conforme a infecção. Se for detectada logo no início, o médico receita apenas soluções tópicas como tioconazol em creme e esmaltes de amorolfina. Conforme a infecção se agrava, podem ser necessários medicamentos orais como itraconazol, terbinafina e fluconazol.

Casos ainda mais graves ou quando as terapias acima não apresentam melhora, pode ser necessária a remoção cirúrgica da unha doente.

Melanoníquia

A melanoníquia é a alteração da coloração da lâmina ungueal que causa uma listra preta na unha que vai da base até a ponta. Também pode ter uma coloração marrom ou cinza. A listra começa fina e fica maior com o tempo, podendo acometer uma ou mais unhas, independente se são das mãos ou pés.

A listra é geralmente visível a olho nu, no entanto, em alguns casos pode ser necessária luz ou aparelhos específicos, como o dermatoscópio.

Ocorre devido ao depósito de melanina decorrente de outro evento anterior como hiperplasia melanocítica, traumas, fricção, infecções por fungo, medicação, predisposição genética, tumores benignos ou malignos.

A linha escura aparece por dois motivos desencadeados pelas causas acima: aumento da produção de melanina na matriz (ou fábrica da unha) ou pelo aumento da atividade dos melanócitos.

O diagnóstico é feito a partir da análise clínica da unha, bem como exames fúngicos e de biópsia. O tratamento varia conforme a causa, dessa forma, se a mancha for provocada por fungos, são prescritos antifúngicos orais ou tópicos. Se for um trauma físico ou por uso de calçado apertado, o médico pode retirar o excesso de sangue.

Em casos de tumores, o tratamento é feito por meio de remoção cirúrgica. É importante consultar o dermatologista assim que notar a listra preta na unha, principalmente se não estiver relacionada a trauma físico, pois quanto mais cedo for determinada a causa, melhor o paciente responde ao tratamento.

Melanoma de unha

O melanoma de unha, ou melanoma subungueal, é um tipo de câncer que acomete as unhas. É notado pela listra vertical escura, com tonalidade entre o marrom e o preto, e que aumenta ao passar do tempo. Começa como uma linha bem tênue e cresce em alguns meses.

Além da listra, vem acompanhado de outros sintomas que incluem sangramento próximo à mancha, aparecimento de nódulos na parte subungueal, que podem apresentar ou não pigmentação e dor ao tocar.

É o tipo de melanoma mais comum em adultos, o que leva a crer que a exposição solar é uma das possíveis causas para o desenvolvimento. Além dela, acredita-se que fatores genéticos também estão associados ao surgimento.

Por ser comumente confundido com as outras manifestações de listras pretas na unha acima apresentadas, o melanoma subungueal é considerado um dos mais fatais. Isso porque as pessoas acabam demorando muito para procurar ajuda, achando que é algo simples, quando na verdade é bem sério.

O diagnóstico é inicialmente clínico, no entanto, podem ser solicitados outros exames diferenciais. Assim que constatada a presença do câncer, é iniciado o tratamento, baseado na remoção cirúrgica da unha e do tecido afetado.

Nos casos em que a doença avançou, pode ser necessária a amputação do dedo, além de sessões de quimioterapia e radioterapia, visto a possibilidade de metástase, que é a invasão das células cancerígenas em outros órgãos.

Quando identificado precocemente, as chances de cura são maiores e o paciente pode ser curado sem intervenções mais invasivas. Por isso, frisamos novamente a importância de buscar ajuda médica a qualquer sinal presente nas unhas.

Juliana Toma Medica scaled
UM POUCO SOBRE A DRA.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP 156490 / RQE 65521

Médica dermatologista, com Residência Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM).

Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologia, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA

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Médica Dermatologista - CRM-SP 156490 / RQE 65521 | Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Residência Médica em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), com Título de Especialista em Dermatologia. Especialização em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês. Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA. Ex-Conselheira do Conselho Regional de Medicina (CREMESP). Coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do CREMESP (2018-2023).

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